segunda-feira, outubro 24, 2011

Grávida morre em confronto com a polícia. PM e família dão versões diferentes


Por Cristina Esteche

Um confronto entre um motorista não habilitado e a Polícia Militar resultou na morte da jovem Regiane Barreto Machowiski, 18 anos. De acordo com o irmão da vítima, Leandro Pires, Regiane estava grávida de cinco meses e foi morta com um tiro na cabeça. As informações divulgadas pela polícia não são as mesmas da família da vítima.

A PM diz que Jonatan Barbosa Ribeiro,  20 anos, esposo de Rgiane, estava armado e reagiu com um revólver nas mãos quando viu que seria preso, dando início ao tiroteio. Leandro contesta essa informação ao afirmar que o cunhado não estava armado. “Minha irmã e meu cunhado deixaram minha mãe em casa minutos antes do tiroteio acontecer e foram fazer um lanche antes de voltar para casa. E tudo aconteceu”, diz Leandro.

O caso aconteceu às 22h20 de sábado (22) quando a equipe policial realizava patrulhamento de rotina no Bairro Santana em Guarapuava. Segundo o relato da PM, os policiais viram veículo em atitude suspeita e ao ver a viatura o motorista fugiu, mas foi perseguido pela equipe por várias ruas do bairro Santana. No cruzamento entre a Rua Pitangueiras com a Rua Coqueiros, Jonatan, segundo a polícia, perdeu o controle do veiculo e quase bateu na grade de uma residência. Quando os policiais perceberam que o motorista não teria mais como continuar fugindo três desceram da viatura.

“ O condutor realizou uma manobra brusca marcha à ré, com o intuito de atropelar os policiais. Neste instante os policiais efetuaram disparos contra o pneu do veículo”, diz a PM. De acordo com a Polícia Militar, após a tentativa frustrada de atropelar os policiais Jonatan apontou uma arma de fogo em direção à equipe. Um dos policiais viu a arma e atirou furando pneus do veículo. O motorista foi detido e quando a equipe foi vistoriar o carro viu que havia uma passageira. Equipes do Siate e do Samu foram chamadas, mas Regiane já tinha morrido.

A polícia diz que dentro do veículo foi encontrado um revólver calibre 38 com cinco munições intactas, uma deflagrada e numeração raspada. “Nós fomos avisados às 3 horas da madrugada e eu saí por todos os cantos procurando a minha irmã. Fui no Samu, na polícia e ninguém sabia de nada. Acabei encontrando a Regiane no IML”, afirma Leandro.

Jonatan foi preso e liberado no domingo  (23) para ir ao velório de Regiane.

De acordo com o 1º. Tenente Juliano Borges, três armas foram recolhidas pela Polícia Militar e encaminhadas para a perícia para saber de qual delas foi efetuado o disparo que matou a jovem. Os três policiais envolvidos no caso serão encaminhados para avaliação psicológica amanhã, terça-feira (25). “Nosso comando mandou instaurara um inquérito para apurar o fato”, disse o tenente à RSN.
Jonatan, que se encontra na casa de familiares no Residencial 2000, prestará depoimento na tarde de hoje (24). “Ele já contratou advogados e vai depor hoje. Ele garante que não tinha arma”, disse Leandro.

EM MENOS DE UMA SEMANA, DOIS CONFRONTOS

O confronto entre a Polícia Militar e abordados está sendo frequentes nos últimos dias em Guarapuava. Em menos de uma semana, duas ocorrências nesse sentido foram registradas. Na quarta-feira (19) a PM enfrentou uma quadrilha que tinha acabado de asslatar uma chácara na localidade de Guabiroba, interior de Guarapuava. Os assaltantes tinham roubado armas, veículos e objetos. Houve troca de tiro com a polícia e a quadrilha acabou fugindo num matagal. antes, proém, abandonou o que tinham roubado.
"Não sabemos se alguém saiu ferido porque todos fugiram", disse o Tenente Juliano Borges, da PM.

RSN

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