quinta-feira, outubro 28, 2010

Depois de acidente fatal, família clama por justiça

Uma família inteira de Fernandes Pinheiro está de luto desde o dia 26 de setembro, quando um grave acidente foi registrado no município. Jussara Aparecida Gerchwski, 47 anos, foi atropelada na Avenida Ivo Leão por uma moto desgovernada e teve morte cerebral. O condutor, além de não possuir carteira de habilitação, não foi capaz de prestar socorro à vítima, que ficou agonizando, até que a ambulância chegasse, na frente da sua filha, L. A., de 14 anos, que presenciou toda a cena.

Segundo o condutor de um caminhão, que no momento do acidente estava parado na Avenida, o motoqueiro estava trafegando em alta velocidade e dirigindo de maneira inconsequente. A filha de Jussara, que presenciou o acidente, afirma que o motociclista depois do ocorrido tentou ainda evadir-se do local, mas ela não permitiu. Porém, com a demora da Polícia, que não se encontrava no município, o motoqueiro conseguiu esconder a moto em sua residência.
De acordo com a menor, quem chamou socorro foi A. M., que estava passando no momento do acidente. Mas, o que surpreendeu ainda mais a família, foi a falta de estrutura da ambulância que veio buscar Jussara, a qual nem utensílios de primeiros socorros possuía. “Quem colocou a minha mãe dentro da ambulância foram as pessoas que estavam presentes no momento, pois não havia maca”, lamenta a menor de 14 anos, dizendo que se sua mãe fosse atendida com dignidade, talvez tivesse sobrevivido.
Bastante revoltadas, as filhas de Jussara clamam agora por justiça. Segundo a advogada da família, Josiele Aparecida de Quadros, a intenção primeiramente é buscar a indenização do DPVAT na via administrativa, como é de direito. “E como medida de justiça, está sendo ajuizado ação para requerer pensão alimentícia à filha de 14 anos, para que o causador do acidente arque com as despesas básicas da requerente, já que a sua falecida mãe era quem a sustentava. A ação também requer uma indenização por danos morais causados aos demais filhos da vítima como compensação pelos sofrimentos ocasionados na família”, destaca a advogada.
A advogada afirmou ainda que estranhou a atitude dos policiais, que não constaram no Boletim de Ocorrência se o condutor possuía Carteira de Habilitação. “Mesmo sabendo que necessitavam de prova pericial na motocicleta, liberaram, para que um parente próximo do causador do acidente fizesse a retirada da motocicleta do local”, conta.
Para concluir, Josiele diz que como medida de justiça, espera agora que a investigação seja concluída para que o Ministério Público possa oferecer denúncia, considerando o crime como doloso contra a vida e não culposo, já que o causador do dano, ao dirigir em alta velocidade, assumiu o risco de causar dano a outrem.


(Rafaella Maier)

Um comentário:

  1. Pra ver como é as coisas do nosso país,um assasino matou uma pobre inocente,deixou filhos ,netos,etc.tudo por causa de um delinquente,bêbado,sem abilitaçâo,em auta velocidade,Já esta completando 3 anos,e nada fez a policia,como podemos,acreditar que existe justiça?Porquê ele ainda nâo foi julgado?Vai ficar por isso mesmo?Se um da familía,tivesse feito algo com este monstro,concertesa estaria atrás das grades até hoje.Este monstro tem que pagar.

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