O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – coordenado pelo Ministério Público (MP) Estadual – e Corregedoria da Polícia Civil, de Curitiba, investigam suposto desaparecimento de droga, que estava armazenada na sede da 13ª Subdivisão Policial (SDP), em Ponta Grossa. Segundo a delegada-chefe da 13ª SDP, Valéria Padovani de Souza, a denúncia de substituição de crack por outro material (cogitou-se parafina) chegou de forma anônima à Polícia Civil e ao Gaeco, na quarta-feira. Ainda na tarde daquele dia, acompanhada dos promotores públicos das três Varas Criminais de Ponta Grossa – Suzane Maria Carvalho do Prado, Vanessa Harmuch Perez Erlich e Honorino Tremea –, Valéria coletou amostras de todos os lotes de crack que ficam recolhidos em uma sala da delegacia. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística de Curitiba.
A delegada considera prematuro afirmar que houve sumiço de droga. “Recebemos simultaneamente a denúncia, nós e o Gaeco, de que certa quantidade de crack havia sido substituída por outra substância”, disse. “Por isso, ontem [quarta-feira], retiramos pequenas porções e encaminhamos para perícia. A olho nu, não é possível saber se houve a troca”, completou Valéria.
Ontem, uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil esteve em Ponta Grossa para começar a investigar o caso. “Eu solicitei a investigação da Corregedoria para que haja transparência e isenção na apuração do fato”, afirmou a delegada.
Valéria Padovani disse que ficou surpresa com a denúncia, uma vez que o acesso à sala onde ficam os produtos apreendidos quando do cometimento de ilícitos é bastante restrito. “As drogas recolhidas pela polícia ficam guardadas em um cofre, nesta sala. Ainda estão ali porque aguardam autorização da Justiça para serem incineradas”, observou, acrescentando que apenas uma pessoa possui a chave do depósito. “Ela fica com o superintendente e apenas policiais de confiança podem adentrar neste local”, garantiu.
Segundo a delegada, a denúncia não especificou quando teria acontecido a suposta substituição da droga. “É a política do governo buscar a punição para qualquer conduta irregular”, destacou.
A promotora Suzane do Prado conversou, por telefone, com a reportagem do Diário dos Campos, mas não comentou a denúncia do sumiço de crack na 13ª SDP. Segundo ela, os promotores foram à delegacia, na tarde de quarta-feira, para realizar a inspeção trimestral, já que cabe ao MP fazer o controle externo da atividade policial.
O DC também telefonou para a Corregedoria da Polícia Civil, em Curitiba, mas ninguém atendeu as ligações.(Fonte: Diário dos Campos)
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