Defesa civil já retirou 80 famílias de suas casas em virtude do aumento do nível do Rio Iguaçu
Fernanda Trisotto e Rodrigo Batista, especial para a Gazeta do Povo
Oitenta famílias de União da Vitória, no Sudeste paranaense, já foram afetadas pela cheia no Rio Iguaçu, causada pelas chuvas que atingem o Paraná desde a última segunda-feira (8), até a manhã desta quinta-feira (11). O município, que é cortado pelo rio, sofre com os alagamentos em virtude do tempo instável que permanece na região de Curitiba, onde estão as nascentes do Iguaçu. No total, 299 pessoas foram afetadas pelas cheias.
Segundo a Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná, 53 famílias estão desalojadas e foram levadas para as casas de parentes e amigos. Outras 27 famílias ficaram desabrigadas e foram encaminhadas para abrigos no município. Ainda de acordo com o órgão, não havia registro do número de casas danificadas pela cheia. A Defesa Civil monitora o Rio Iguaçu e já procede a retirada das famílias quando as águas atingem um determinado nível.
O Iguaçu, um dos principais rios do Paraná, nasce na Região Metropolitana da capital. Com o volume alto de chuvas no local e em cidades por onde passam afluentes do rio, União da Vitória, que fica quase na metade do caminho entre a nascente e a foz do rio, é um dos municípios mais atingidos pelas cheias.
Granizo
Dez municípios do Paraná foram atingidos pela queda de granizo e pela chuva entre segunda (8) e terça-feira (9). Nessas cidades, localizadas principalmente na região Sudoeste e dos Campos Gerais, 13.554 pessoas e 1.849 casas foram afetadas, de acordo com dados do boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, atualizado na manhã desta quinta-feira (11). Em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, os estragos foram causados por uma voçoroca, afetaram cinco pessoas e danificaram uma casa.
Reserva, nos Campos Gerais, foi o município mais atingido. Inicialmente, a Defesa Civil divulgou que 3 mil casas foram atingidas, especialmente por destelhamentos. Nesta quinta-feira (11), o número foi reduzido para 1,5 mil residências. No município, 12 mil pessoas foram afetadas. Segundo a prefeitura do município, 80% das casas atingidas foram atendidas com lonas, mas a falta de material prejudicou a assistência às famílias. O órgão também está com falta de telhas.
A prefeitura espera um carregamento de lona vindo de Paranaguá para melhorar a assistência às famílias. Quem tem mais recursos para diminuir os prejuízos recorre às lojas de materiais de construção para obter os produtos. O Corpo de Bombeiros Comunitário faz a assistência necessária aos moradores atingidos pelos temporais. A Defesa Civil também montou um posto de atendimento às famílias que precisam de ajuda.
As outras cidades que registraram danos com o granizo foram Bom Jesus do Sul, Capanema, Francisco Beltrão, Marmeleiro, Pinhal de São Bento, Planalto, Santo Antônio do Sudoeste e São João do Triunfo .
Pancadas continuam
A chuva na faixa leste do Estado deve continuar na quinta-feira (11). Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a circulação dos ventos na região favorece a entrada da umidade que vem do mar. O volume de precipitações não deve ser alto e as cidades da região de Curitiba e do Litoral terão chuva leve com possibilidades de pancadas mais fortes em pontos isolados. No restante do Paraná, o sol predomina, inclusive para União da Vitória.
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