quarta-feira, dezembro 19, 2012

NOTA DE FALECIMENTO: PLÍNIO VIVAN


Faleceu nesta terça-feira, em Ponta Grossa, um empresário que ajudou a construir e a alimentar os sonhos dos ponta-grossenses. Plínio Vivan, 75 anos, fundou junto com seus quatro filhos a Casa de Carnes que leva o nome da família, há 38 anos – comércio que o tornou conhecido em toda a região.
 
Mas não só do comércio viveu Plínio. Na família e nas amizades estão também seus legados, também levados pelos filhos de criação e nas inúmeras pessoas que ajudou, com grande interesse humano e vontade de ajudar ao próximo.
 
Para a família e para o círculo de amizades, fechou-se também um outro ciclo. O do casal Vivan. Há oito anos, falecia a esposa de Plínio, Carmem Januária Vivan, que recebeu apoio do marido até ser vencida por uma grave doença. Conhecido pelos seus corações abertos, o casal construiu o futuro dos filhos, uma empresa sólida e uma notável rede social, ajudando diversas instituições e a todas as pessoas que estivessem ao seu alcance. A saudade, que era de uma, agora será dos dois.
 
Plínio nasceu em Bento Gonçalves, mas se apresentava como ponta-grossense nato. Os pais eram produtores de suínos, e cabia a ele trazer de caminhão os animais, vindos de Santa Catarina, abastecendo frigoríficos locais. Nas suas visitas à cidade, hospedava-se no Hotel Maciel, onde conheceria sua futura esposa, que era daquela família. Mais tarde coube aos dois então cuidar do hotel, e anos depois surgiria o novo negócio, a Casa de Carnes Vivan. Ela ficava ali, na Rua Coronel Bittencourt, genuinamente ponta-grossense, desde 1974, com os filhos Plínio, Renato, Ada Regina e Marcos.
 
Seu açougue logo se tornou modelo para a época, servindo indústrias de toda a região. Foi uma escola para muitos profissionais e trouxe novas práticas ao mercado local. Já dizia uma publicidade da década de 80: eram 30 mil bifes por dia! Mas para o pai, no fundo, o objetivo era fazer uma empresa que mantivesse a família unida. E foi o que Plínio Vivan conseguiu. Mesmo sem instrução, autodidata, acreditou na cidade e colocou muito amor na sua empresa. Um monumento à família, segundo os filhos. Antes de falecer, devido a problemas cardíacos, seu pedido foi para que a empresa continuasse existindo.

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