Droga era transportada de Foz do Iguaçu e abasteceria as bocas-de-fumo da região dos Campos Gerais

A Polícia Federal de Guarapuava realizou a maior apreensão de crack do ano no Paraná, na madrugada de ontem. Denúncias com detalhes sobre o transporte da droga facilitaram a ação policial que foi desenvolvida nas proximidades da Praça de Pedágio de Tibagi, na BR-376. A abordagem ao veículo Passat ocorreu por volta de 1h30 e a droga foi localizada cerca de uma hora depois, em vistoria minuciosa em todas as partes do veículo. Foram localizados 14 quilos de crack escondidos em um fundo falso sob o assoalho do veículo. O carro foi levantado por um guincho para que os policiais conferissem que havia uma placa de metal parafusada, que encobria a droga.P.J.L., de 27 anos, e um adolescente de 17 anos, ambos residentes em Foz do Iguaçu, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal de Guarapuava. P.J.L. foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e permanece preso. O adolescente está à disposição da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Tibagi. De acordo com a assessoria de Comunicação da Polícia Federal a droga abasteceria a região dos Campos Gerais. Há suspeitas de que parte da droga seria entregue em Tibagi e outra parte em Ponta Grossa, mas as investigações prosseguem.O crack, conforme a PF, é adquirido pelos traficantes no Paraguai por R$ 10 mil o quilo. No entanto, no mercado de varejo, onde a comercialização é por pedras, um quilo pode render de três a cinco mil pedras da droga, que garante retorno de R$ 30 a R$ 50 mil aos traficantes, já que a pedra de crack é vendida por R$ 10. Cada grama da droga chega a render cinco pedras. Segundo a Polícia Federal esta foi a maior apreensão de crack realizada este ano em todo o Paraná.No ano passado, a região denominada 42 pelo Sistema 181 - Narcodenúncia, que compreende a região Centro Sul, tendo como referências Ponta Grossa e Guarapuava, esteve no primeiro lugar do ranking do crack no Paraná, com 608 mil pedras apreendidas, à frente das regionais de Curitiba, Foz, Londrina e Maringá. Além dos telefones 181 e 190, da Polícia Militar para denúncias, a Polícia Federal também recebe informações anônimas da população através do telefone 194, na central de Curitiba.

fonte: jmnews.com.br