Guarapuava - Embora esteja localizada em ponto nobre do centro da cidade e seja o “point” de empresários, profissionais liberais, jovens, entre outros cidadãos para as tradicionais caminhadas nos finais de tarde, a Lagoa das Lágrimas é palco de brigas constantes.
“Na tarde de sábado, dia 20, a nossa querida Lagoa das Lágrimas, lugar onde famílias se encontram para o chimarrão e para caminhadas, foi cenário de uma briga entre gangues deixando vítimas desacordadas e poças de sangue no chão”, relata um leitor em e-mail encaminhado à Rede Sul de Notícias/Tribuna. “A cena impactante só foi contida por usuários da própria praça, que intervieram na cena de extrema covardia, onde o agressor terminava de quebrar um capacete na cabeça da vítima, já inconsciente. Diante disso o marginal agressor juntou-se à sua gangue, com litro de bebida em punho, e seguiu seu caminho, se vangloriando do ato”, diz . Continuando o seu relato, o cidadão guarapuavano que usa o pseudônimo de “Anônimo” disse que a “ nossa querida lagoa também é testemunha de jovens se embriagando e deixando as sobras, como garrafas plásticas e litros diversos, que acabam dentro d´água, depois de vento ou chuva. E não para por aí, a preocupação não é só com bebida, afinal existe coisa bem mais pesada por ali. Talvez, tudo isso pode ter sido o fato gerador da confusão mencionada. Minha dúvida... Nossos filhos... o que irão presenciar, ou viver?” questiona.
A estudante de psicologia Andréa Patrícia de Albuquerque confirma a situação de insegurança que ronda a Lagoa das Lágrimas. “Dá uma dor no coração em ver um lugar tão bonito, que é um ponto turístico tradicional, às voltas com situações de violência. Por causa disso já não dá mais para ficarmos aqui até mais tarde. Isso é lastimável”, diz.
Mas as denúncias não param por aí. “Eu fui levar as crianças para uma tarde na Lagoa e não pudemos ficar lá. Tinha casais se agarrando, acho que até chegando às vias de fato, e um cheiro muito forte que me disseram ser de maconha. Se isso acontece no centro da cidade, imagine como está a nossa periferia”, disse indignada Dona Maria Cecília Ribeiro Soares, 54 anos.
O delegado adjunto da 14ª Subdivisão Policial, Cristiano Augusto Quintas dos Santos, confirmou a situação de insegurança que paira sobre a Lagoa das Lágrimas. “Eu sou frequentador da Lagoa das Lágrimas e sei que há problemas de usuários de droga. Sei da briga que houve lá e o agressor veio para a delegacia, assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado”, afirmou o delegado.
“Quando estou lá e constato situações irregulares chamo a Polícia Militar, mas o que acontece é que a legislação brasileira é muito branda no caso de consumo de drogas. O usuário é apenas advertido e é liberado”, diz. Rede Sul de Notícias
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