sexta-feira, junho 29, 2012
Presos vendiam carros com débitos em atraso v
Manoel Moabis - Página UM(Castro)
O comércio ilegal de veículos na cidade teve duas baixas na última quarta-feira (28).
A Polícia Civil recebeu uma denúncia há cerca de dois meses sobre a venda de carros financiados e com débitos em atraso e desde então trabalhou para localizar os responsáveis pelo crime.
“Vínhamos observando a movimentação há algum tempo. Até tivemos a oportunidade de apreender apenas um carro, mas achei prudente esperar até que os vendedores fossem localizados”, explica o delegado Matheus Araújo Laiola, que comandou a investigação.
A primeira abordagem da polícia aconteceu durante a noite, na região do Socavão. Um agricultor estava usando uma caminhonete modelo L 200 (avaliada em quase R$ 60 mil) que já possuía mandado de busca e apreensão por não pagamento à financeira. “Isso é uma prática comum entre os bandidos, eles financiam veículos em nome de uma pessoa qualquer e depois de dois ou três meses deixam de pagar o carro e os vendem”, explica o delegado.
Ainda de acordo com o histórico neste tipo de crime, a pessoa que forneceu seu nome para financiar o veículo recebe uma quantia que vai de R$ 500 a R$ 1 mil. “Normalmente eles sabem que os veículos serão vendidos. Fazem o financiamento e aceitam ter o nome sujo a troco de algum dinheiro”, explica o delegado.
Prisões
Assim que o agricultor, que teve o nome preservado, foi abordado a polícia percebeu que ele também foi lesado na ação. “Esse senhor disse que pagou R$ 10 mil de entrada pelo carro, não sabia que o veículo era roubado. Ele esperava o final da safra para dar mais dinheiro aos bandidos”, aponta o delegado.
Assim que soube da procedência do carro, o próprio agricultor teria ficado revoltado com a situação. “Ele ficou muito nervoso, e nos deu o endereço para encontrarmos os suspeitos”, completa Laiola.
Em diligências pela rua Emílio Kugler, no Jardim Arapongas, a polícia localizou Valdinei M. Cevantti em casa. Na sua casa havia um Fox prata que também já tinha mandado de busca e apreensão expedido pelo não pagamento das parcelas do financiamento. Na sequência, já na rua José Ávila, também na
região do Jardim Arapongas, a polícia localizou José Piotto, que também participava da venda dos carros.Ele tinha uma motocicleta que também estava irregular. “Eles foram ouvidos e liberados, pois não se trata de um crime em flagrante. Se tivesse mais dois envolvidos o grupo todo poderia ficar preso devido à formação de quadrilha”, comenta.
Na delegacia, uma primeira verificação nos veículos não encontrou qualquer alteração nas identificações. Porém, para que essa informação seja confirmada, o delegado solicitou perícia técnica, que será feita no Instituto de Criminalística, em Ponta Grossa. “A caminhonete já foi hoje para lá [Ponta Grossa], mas
todos devem passar por essa perícia”, completa.
Três veículos foram encontrados durante operação. Dois deles - Fox e uma moto - aguardam perícia
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