A explosão matou 5 pessoas e feriu outras 50 em Beirute
Do R7
O adolescente Mohammad al-Chaar, de 16 anos, que foi vítima de um ataque terrorista cometido em Beirute, no Líbano, na sexta-feira (27), postou minutos antes de morrer uma foto no Twitter em frente ao carro-bomba que explodiu.
A imagem foi vista por várias pessoas que divulgaram a foto nas redes sociais. Rapidamente, jovens libaneses colocaram lado a lado as imagens de antes e depois da explosão.
Mohammad foi levado as pressas para o hospital com ferimentos na cabeça (foto superior), mas não resistiu os ferimentos.
A notícia sensibilizou vários internautas que homenagearam o jovem morto pelas redes sociais.
Atentado em Beirute
Um carro-bomba matou, na sexta-feira (27) em Beirute, cinco pessoas, entre elas um conselheiro do ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri, e feriu mais de 50, informou a ANI (Agência Nacional de Informação).
"Cinco cidadãos morreram, mais de 50 ficaram feridos e mais de dez edifícios foram destruídos" no atentado, afirmou a ANI.
Segundo esta agência e fontes políticas, entre os mortos estava Mohamad Chatah, uma das figuras de destaque da coalizão oposta ao regime sírio liderada por Hariri.
Chatah, que também foi ministro das Finanças, se dirigia à casa de Saad Hariri, que não se encontra no país. Deveria participar às 9h30 de uma reunião da Coalizão 14 de Março, contrária ao regime do presidente Bashar al-Assad e partidária da oposição síria.
A explosão, de grande potência, foi ouvida em toda a capital libanesa. Ocorreu em uma das artérias do centro da cidade pela qual se tem acesso a esta casa, onde a coalizão costuma realizar suas reuniões.
Imagens divulgadas pelas redes de televisão locais mostraram vários carros e corpos em chamas. As ambulâncias atendiam aos feridos no local.
Chatah, que também foi embaixador libanês em Qashington, era uma das figuras de destaque desta coalizão e era considerado o representante político de Hariri, que deixou o Líbano em 2011 quando o movimento xiita Hezbollah provocou a queda de seu governo.
De 2005 a 2012, ocorreram vários atentados e assassinatos contra políticos e jornalistas opostos ao regime sírio, assim como contra oficiais do exército e da polícia próximos a este campo.
O atentado da sexta-feira ocorreu 20 dias antes do início do julgamento dos supostos responsáveis pela morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, morto em 14 de fevereiro de 2005.
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