Do Diário dos Campos
Uma reunião entre Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (IPLAN) e do Movimento Pró-Ciclovias já apontou avanços para o início da implantação do Plano Cicloviário na cidade. Até o mês de março já estará demarcada a primeira ciclofaixa de lazer, no trecho que vai do Parque Ambiental Governador Manoel Ribas até o Complexo Cultural Jovani Masini, pelas ruas Benjamim Constant e segue pela Silva Jardim. A delimitação deverá ser respeitada pelos motoristas sempre aos domingos. De acordo com o presidente da AMTT a aplicação não trará mudanças drásticas ao tráfego de veículos na região. “Este é o pontapé inicial, para implantarmos em caráter experimental e de lazer, para sentirmos a demanda e se a população adere e aprova o novo espaço, mas nosso objetivo é atender não só o ciclista que precisa de espaço para trafegar em momentos de lazer, mas também contemplar aquele que utiliza como meio de transporte diário”, enfatiza.
De acordo com Nisiane Madalozzo, arquiteta urbanista e coordenadora de projetos do Iplan, o espaço é para amadores e não para ciclistas profissionais. “Teremos ainda um espaço no Parque Ambiental, além da ciclo faixa, para que os pais e adolescentes tenham um espaço sem riscos dentro do parque, parecido com a pista que hoje é de caminhada, e aos domingos, nesse trecho a prioridade será o ciclista, e assim já estaremos fazendo com que a comunidade e os motoristas se acostumem com a bicicleta como meio de transporte na cidade, pois nosso projeto tem ações muito maiores, que serão gradativas. Este é apenas o começo, não é a única ação, mas este é um momento de procurar parcerias para viabilizar a aplicação dos projetos”, destaca. O plano cicloviário já contempla conexão de eixos entre bairros da cidade. “O objetivo é abranger toda a cidade com estrutura de ciclovias, em trechos de declividade razoável”, detalha.
Cloter Migliorini Filho, integrante do Movimento Pró-Ciclovias, confirma que este é o primeiro passo do Plano Cicloviário que começou a ser trabalhado no ano passado. “O plano completo é bem complexo, mas inicialmente queremos implantar um espaço seguro para que as bicicletas, e para isso dependemos, ainda, da conscientização da população quanto ao respeito pelo ciclista”, detalha. Segundo ele, o plano sugere de 80 a 10 quilômetros de ciclovias a serem implantados na cidade. “Mas isso pode aumentar ainda mais, com a formação de circuitos interbairros, entre as praças também, e pode chegar a 120 quilômetros, mas depende muito ainda, pois a prioridade são os bairros em que as pessoas utilizam a bicicleta para o trabalho e para curtos trajetos”, contabiliza. Segundo Cloter, a partir da implantação da primeira ciclofaixa de lazer é importante que a população se manifeste a respeito. “Representamos um movimento social e para que possamos avançar é importante que as pessoas procurem meios para se manifestar sobre o assunto, para sugerir modificações, enfim, através dos vereadores, da própria administração pública e da mídia e redes sociais, pois precisamos dessas manifestações para avaliar essas expectativas”, finaliza.
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