O gestor do Pólo Multieducacional Catequista de Queluz em Guarapuava, Damião Cosme Xavier, condenado a 13,6 anos de prisão, disse que ainda não foi notificado sobre a sentença e que tão logo isso aconteça vai recorrer da decisão. “Quero tranquilizar alunos, amigos e familiares de que não estou preso, estou livre e que tão logo seja notificado meus advogados irão recorrer”, afirmou.
O empresário disse que está com a consciência tranquila, pois entende que não fez nada de errado. “Tudo o que fizemos foi dentro da legalidade”, afirmou. Damião e sua irmã Anamari Xavier Nunes, condenada a 12 anos de prisão, estão sentenciados em primeira instância, com direito a recorrerem em liberdade, por estelionato, falsificação de documentos públicos e inserção de documentos em sistema da Secretaria Estadual de Educação.
O caso começou com uma denúncia de que o presidente afastado da Câmara , Admir Strechar (PMDB) estava cursando Direito numa das faculdades de Guarapuava com diploma do ensino médio “comprado”. Assim como ele, o ex-vereador Valtair Siqueira Albertti e outros 33 alunos fizeram o mesmo procedimento entre 2006 e 2007 “Não tem nenhuma ligação político, nenhum relacionamento com políticos e tudo estourou em função de políticos, infelizmente. Porque o Ministério Público entendeu que os alunos não tinham 75% de frequencia , embora fizessem os trabalhos em casa, recebessem orientação e fizessem as provas na instituição fomos criminalizados. Estão nos colocando como falsários, como criminosos”, observa Damião. “Nos acusam de ter inserido documento no sistema da Secretaria Estadual de Educação quando possuíamos sistema próprio”, diz.
De acordo com o empresário, Pólo Multieducacional nasceu há 45 anos como Colégio Catequista de Queluz opor onde já passaram e já se formaram cerca de 20 mil estudantes, muito dos quais, já graduados em vários cursos superiores. “Já estamos na terceira geração de alunos. São pessoas conceituadas da sociedade guarapuavana e que tiveram os seus certificados validados, assim todos os demais, inclusive o próprio Admir Strechar e todos os concluíram os cursos em 2006 e 2007. O Strechar poderia estar concluindo o curso de Direito, se ele quisesse”, assegurou.O empresário questiona porque, em vez do Ministério Público primeiro instaurou um processo criminal em vez entrar em contato com o Núcleo Regional de Ensino que abriria, inicialmente, um processo administrativo. “O processo tem muitos vícios. Estão nos colocando como falsários e criminosos. Nenhum aluno que se apresentou foi ouvido em depoimento, mas na qualidade de ouvinte,” diz Damião que também é bacharel em Direito.
De acordo com Damião, o Catequista trabalha com ensino à distância há mais de 10 anos. “Somos parceiros do IESD Brasil S/A, do Pólo Universitário Castelo Branco, do Grupo Uninter que são instituições sérias onde os alunos desenvolvem o curso em casa e fazem as avaliações no Pólo”, afirma.
SEM PREJUIZOS PARA ALUNOS
Damião tranqüiliza os alunos matriculados nos cursos dessas instituições e diz que o Catequista não está sofrendo nenhuma sanção. “Quem está sendo atingido sou eu. Minha irmã também. Quero tranqüilizar que existe nenhum prejuízo para os alunos ou para os parceiros”, garante o gestor.
“Vamos até o final. Quero provar a nossa inocência pois somos profissionais atuantes. Trabalhamos de manhã, tarde e noite. Nosso certificados são legalizados perante a Secretaria Estadual de Educação”, afirma.
Segundo Damião, o Pólo aguarda agora a aprovação do curso de Alfabetização para Jovens e Adultos (EJA) à distância. “Essa será a nossa volta por cima”, diz.
RSN
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