A Delegacia de Homicídios (DH) encaminhou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) um novo pedido de prisão contra o construtor Aldeildo Fonguer, indiciado pela morte de Andersandio Soares Franco, conhecido como “Lacraia”, no bairro Água Verde, em Curitiba.
A investigação do caso foi concluída e o inquérito com o pedido de detenção foi levado nesta segunda-feira (12) aos promotores, que podem representar ou pela prisão do suspeito na Justiça. Fonguer teria assassinado o rapaz no último dia 21. Ele alegou que estaria sendo ameaçado pelo jovem e pelos amigos deles depois de uma briga na semana anterior devido ao barulho à noite nas proximidades do Shopping Água Verde.
O delegado Jaime da Luz, responsável pela investigação, disse que o pedido de prisão preventiva do acusado foi feito porque não resta dúvida de que Fonguer matou Andersandio. “O pedido está embasado na autoria e na materialidade (provas) do inquérito”, relatou. Nos dias seguintes após o crime a DH havia apresentado o primeiro pedido de prisão contra o construtor, um pedido de prisão temporária. A Justiça negou a detenção dele e permitiu que ele respondesse o caso em liberdade.
Na época, a família e amigos de Andersandio criticaram o trabalho da Polícia Civil e chegaram a fazer uma manifestação em frente a Delegacia de Homicídio para protestar contra a liberdade do acusado. O delegado rebateu as críticas e disse ainda que mesmo o pedido de prisão temporária negada pela Justiça não prejudicou o trabalho policial. “O inquérito foi bem trabalhado. A não prisão (do acusado) não atrapalhou a investigação.”
O advogado da família de Andersandio, Elias Mattar Assad, elogiou a iniciativa do delegado, apesar de dizer que não sabia do pedido. “Ele pode estar entendendo que a prisão preventiva é necessária para a conveniência da instrução do processo criminal. Ele pode ter achado que é para garantir a aplicação da lei penal.” Porém, o advogado do construtor, Adriano Minor Uema, se disse surpreso com a atitude e informou que pretende conseguir um Habeas Corpus preventivo para o cliente dele. “Ele (o acusado) colaborou no que pode, compareceu, fez sua parte no processo. Não há nenhum fundamento para isso. Vou conversar com o juiz compete par que não acolha este pedido.”
Perícia nas imagens
O delegado Jaime da Luz informou ainda que na última sexta-feira (9) encaminhou ao Instituto de Criminalística um pedido de perícia nas imagens das câmeras de segurança do prédio em que mora o construtor acusado da morte de Andersandio. O sistema de segurança gravou a briga que teria originado a divergência entre Fonguer e o jovem e os amigos dele na semana anterior ao crime. O motivo da perícia é determinar se naquele dia alguém estava armado.
Os amigos da vítima disseram em depoimento que naquela discussão o construtor já portava uma arma. Fonguer negou isso também em depoimento. Segundo ele, depois daquela discussão inicial ele e a família dele passaram a receber ameaças de morte feitas pelo grupo de jovens. Ele só teria comprado a arma utilizada no crime no último dia 18. “Ele vinha sofrendo ameaças graves, de morte. A mulher dele falou que foi molestado junto com uma criança (pelo grupo de Andersandio”, falou Luz.
Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário