segunda-feira, maio 21, 2012

Grávida morre ao ter útero expelido


Créditos da Foto: e Fonte: G1 

Uma denúncia de negligência contra uma equipe médica da Maternidade Moura Tapajóz, na Zona Oeste de Manaus, foi registrada neste sábado (19/05), na Polícia Civil, após a morte da doméstica Neuciane Teixeira Marques, de 20 anos. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) vai abrir sindicância, nesta segunda-feira (21), para apurar o caso.

De acordo com familiares, a vítima teve hemorragia grave durante o parto normal do segundo filho, após ela ter ficado cerca de 24 horas fazendo força para ter o bebê, sob orientação do médico, que não foi identificado.

No procedimento, o útero se deslocou do corpo, após excesso de força para expelir o feto. A mulher foi submetida a uma cirurgia de emergência, em seguida levada à UTI da Maternidade Ana Braga, na Zona Leste, mas chegou morta ao local.

Familiares exigiram explicações da direção da Maternidade Moura Tapajóz, mas um relatório sobre o caso será entregue em até 15 dias.
A irmã de Neuciane, Aline Marques, 26, contou que ela estava no nono mês de gravidez e entrou na maternidade na quinta-feira (17), por volta de 12h. Os médicos informaram à irmã da vítima que Neuciane estava com 3 cm de dilatação da placenta, o que ainda não permitia a realização do parto.

O procedimento só foi realizado no dia seguinte, quase 24 horas depois. Durante esse período, segundo Aline, Neuciane ficou internada, fazendo força até a hora do parto normal.
"Nós informamos ao médico que ela teve complicações no parto do primeiro filho e, por isso, o parto deveria ser cesariana. Mesmo assim, o parto foi normal e o médico submeteu minha irmã a um processo doloroso. A força que ela fez foi tanta que sangrou pelos ouvidos e nariz. O útero dela se deslocou com a saída do feto. O que fizeram com ela foi uma crueldade", lamentou Aline.

De acordo com ela, o bebê continua internado, mas passa bem.
O corpo de Neuciane foi velado em uma igreja evangélica no bairro Vila Marinho, na Zona Oeste. A direção da Maternidade Moura Tapajóz foi procurada pela reportagem do G1, mas não atendeu às ligações. A assessoria de imprensa da Semsa informou que uma sindicância vai ser aberta para investigar o suspeita de negligência.

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