quarta-feira, março 06, 2013

Júlia Streski diz que foi vítima de vingança pessoal do ex-marido


Blog do Johnny


A ex-diretora e sócia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE), Júlia Streski, está a caminho de Ponta Grossa, onde pretende ainda hoje reunir a imprensa para falar da decisão judicial que expediu alvará de soltura para ela e os outros três demais acusados do desvio de R$ 40 milhões da instituição e considerou incompetente o Juízo da Vara de Inquéritos Policiais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba para apreciação da investigação. O juiz substituto Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba, César Maranhão de Loyola Furtado, determinou ainda a remessa dos autos para uma das Varas Criminais de Ponta Grossa. “Reconhecida a incompetência deste Juízo, é ilegal a manutenção da prisão temporária dos investigados, bem como, o afastamento destes da administração da empresa investigada, ainda mais quando tal pedido já foi apreciado pela 2ª Vara Cível de Ponta Grossa. Revoguem-se, pois, os efeitos de decisões anteriores em sentido contrário”, despachou o magistrado, em análise do pedido de relaxamento de prisão, apresentado pela defesa de Júlia, da contadora Zilmari Viechinieski e da diretora financeira Ivete Marcowicz, com efeitos também para o consultor Jorge Karan.
O juiz relata ainda que “a grande maioria dos supostos delitos ocorreram na Comarca de Ponta Grossa, tendo apenas uma tentativa de estelionato ocorrido, em tese, junto ao Banco Safra, nesta Capital. Outrossim, a gravidade dos delitos supostamente cometidos na cidade de Ponta Grossa é superior ao crime tentado praticado, em tese, nesta cidade… Assim, ante a expressa determinação legal, este juízo é incompetente para a apreciação da investigação ora analisada, bem como, pedidos a ela vinculados, sob pena de inconstitucionalidade e ilegalidade das decisões”.
Júlia falou rapidamente com a reportagem do BLOG DO JOHNNY – Rádio Difusora, prometendo revelar maiores detalhes durante a coletiva de Imprensa. Confira:
BJ – Como foram os últimos dias?
JS – Não posso reclamar porque quando chegamos aqui e as pessoas souberam quem era a suposta vítima, a nossa vida ficou muito mais fácil, mas não deixa de ser uma prisão. Todo mundo nos tratando com carinho, porque todo mundo conhece o Desembargador Cunha, esta ação truculenta dele e como ele usa a imprensa para conseguir o que quer. Então, não foi complicado, foi mais tranquila a nossa vida. É um horror e não existe o que vai apagar o que nós passamos aqui, enfim… um inferno. Ontem saiu a decisão anulando todos os atos, anulando tudo o que aconteceu. Nós estamos neste momento retornando. Só não estou confirmando a coletiva ainda porque tem jornais que estão vindo de São Paulo e pediram para o doutor Renê Dotti não fazer a coletiva enquanto eles não chegam.
BJ – Como foi o desenrolar desta situação, como a senhora viu as acusações?
JS – É uma loucura. Foi usado o COPE, que é uma instituição séria, e a imprensa para uma vingança pessoal, com mentiras impossíveis de acontecer. Vindo de um desembargador do peso do Cunha, a hora que vai em um órgão como o COPE é logico que vai achar que são verdadeiras. Assim, vem de um desembargador, presume-se que são verdadeiras. Eles não têm a noção do teor da loucura dele, do tamanho ódio e da necessidade de vingança pessoal dele. Esse é o contexto do que aconteceu.
BJ – Então a senhora acredita que toda esta situação foi fruto da vingança do desembargador José Sebastião Fagundes Cunha, seu ex-marido?
JS – Tenho certeza. Nosso divórcio ocorreu em 2009. Dos dezoito anos que vivi com ele, eu tentei por nove vezes me separar. Inclusive eu tive liminar de separação de corpos, eu não me separava por conta das ameaças dele, em relação ao CESCAGE, que ele colocaria fogo no CESCAGE só para eu ver as minhas zeladoras passando fome. Depois ameaças em relação ao meu filho e o terror psicológico em que ele nos infringia, a mim e a meu filho. Até que enfim eu consegui me divorciar dele e depois disso, a escalada de vingança dele não foi pequena.
O desembargador José Sebastião Fagundes Cunha foi procurado pela reportagem do BLOG DO JOHNNY, mas não quis comentar as declarações da sua ex-esposa. Ele pediu apenas para registrar que o juiz da 2º Vara Civil de Ponta Grossa, Gilberto Romero Perioto, em outra ação que não é a mesma que resultou nas prisões dos quatro acusados de desviar R$ 40 milhões do CESCAGE, manteve o afastamento de Júlia da administração da instituição.

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