Uma série de imprudências deve complicar a vida do funcionário de uma
concessionária de Ponta Grossa. Ele pegou o carro de um cliente, saiu para se divertir
e acabou causando um grave acidente. O rapaz – que não teve o nome divulgado –
atropelou e matou o motociclista Cristiano Luiz de Oliveira, 27 anos.
O atropelamento aconteceu no início da madrugada de ontem no quilômetro 492 da
BR-376 (Avenida Presidente Kennedy), entre o Rio Ronda e o Viaduto do Santa
Terezinha. Testemunhas relataram à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que o veículo
bateu na moto de Cristiano, uma Sundown 200, de Ponta Grossa, que ficou encaixada
no para-choque do carro. O motorista, então, engatou a ré para retirar a moto e fugiu.
Acredita-se que o veículo ainda tenha passado sobre o corpo do motociclista.
O Siate e a Rodonorte foram acionados para socorrer Cristiano, mas ele morreu no
local. O corpo foi recolhido pelo IML.
Graças às pessoas que viram o acidente a anotaram a placa do veículo atropelador, a
Polícia Civil conseguiu encontrar o GM Astra e identificar o condutor, que permanecia
foragido até o fim da tarde de ontem. “O cliente deixou o carro na concessionária e o
funcionário o levou para casa, em Carambeí, e deveria ter retornado para o local de
trabalho. No entanto, ao invés disso, saiu para passear”, contou a delegada Cláudia
Krüger, do 1º Distrito Policial (DP).
Através da placa anotada pelas testemunhas e com o apoio da PRF e da Polícia Militar,
Cláudia localizou a proprietária do veículo, que mora em Carambeí. A mulher explicou
que havia deixado o carro para revisão e, ao receber a notícia do envolvimento do
veículo num acidente, foi à concessionária. Ela encontrou seu Astra no pátio da
empresa, com avarias na parte dianteira, inclusive com marcas de sangue. Ou seja,
depois do acidente, o funcionário foi à concessionária, ainda pela madrugada, e deixou
o carro no pátio. Ontem à tarde, a autoridade policial pediu para que o IC realizasse a
perícia no veículo.
Cláudia considera um “absurdo” o fato ocorrido nesta quarta-feira. “Se não fosse pelo
fio de informações iniciado com a anotação de placas, seria mais um crime de trânsito
que ficaria impune por falta de provas”, disse a delegada. Ela já abriu o inquérito e
espera que o funcionário da concessionária se apresente no 1º DP na sequência. Ele
deverá ser indiciado pelo crime de homicídio com o agravante pela omissão de socorro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário