Os advogados Jorge Sebastião Filho e Pablo Milanese, que estavam à frente do caso da vereadora Ana Maria de Holleben, acusada de simular o próprio sequestro, abandonaram a causa na tarde de ontem. O principal motivo, segundo eles, são questões contratuais. “Não deixamos devido ao caso em si, mas por questões contratuais que não podemos revelar quais são elas”, disse Milanese.
Na sexta-feira, Jorge Sebastião que ainda estava na defesa da vereadora informou que iria entrar com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça, em Curitiba assim que fosse informado oficialmente da decisão judicial.
Ana Maria continuará presa neste domingo em um alojamento do Corpo de Bombeiros no Bairro da Nova Rússia. A informação foi confirmada ontem pelo delegado responsável pelo caso Danilo Cesto, chefe da 13ª Subdivisão Policial (SDP). “Hoje (sábado) ela seguirá presa e provavelmente amanhã (domingo) também devido ao fim de semana”, afirmou.
Ela foi transferida de uma sala especial na 13ª SDP para o Corpo de Bombeiros. A prisão foi decretada pela juíza Daniela Flávia Miranda e, segundo Cesto, a vereadora fica detida até nova ordem judicial.
Por possuir curso superior, Ana Maria tem direito à prisão especial e, por isso, foi mantida em uma sala na 13ª SDP. Pelo fato de ser vereadora também tem direito, segundo a lei a ser abrigada em um alojamento militar para garantir a sua integridade.
A reportagem do Jornal Diário dos Campos tentou contato com o deputado estadual Péricles de Holleben, primo da vereadora, para saber quem está à frente do caso, mas ele não atendeu às ligações.
Entenda o caso
A vereadora desapareceu na tarde do dia 1°, logo após tomar posse no Cine Teatro Ópera. De lá, ela deveria seguir para a Câmara de Vereadores, onde seria realizada a sessão para a escolha da Mesa Executiva. Foi neste período de tempo que ela sumiu e reapareceu apenas às 18 horas de quarta-feira, na Santa Casa de Misericórdia. Ainda não se sabe onde ela esteve no período de 24 horas.
Casa de vereador é apedrejada no Paraíso
A Polícia Militar foi acionada na noite de sexta-feira, por volta das 21h30, na residência do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Maurício Silva (PSB), no Jardim Paraíso. Conforme registros do Boletim de Ocorrência um rapaz bateu na residência e pediu dinheiro. Diante da negativa dos donos da casa, começou a arremessar pedras contra telhado e vidros. O vereador foi procurado, mas não foi encontrado para confirmar o fato.
DC
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