sábado, janeiro 12, 2013

Reolon diz que matou a família para que não passassem vergonha


Por três anos Reolon ficou escondido na mata, no interior de Beltrão. 
Em entrevista à imprensa,na manhã desta sexta-feira, Gilmar Reolon contou que a morte do pai Otávio Reolon, em maio de 2009, foi uma espécie de vingança por agressões que sofreu na infância — aos 12 anos, após ser agredido, ele teria jurado matar o pai. No dia do crime, eles teriam se desentendido por questões financeiras, e, segundo ele, o pai tentou agredi-lo novamente, se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça. Na sequência, Gilmar lhe matou com pauladas na cabeça.
A morte dos demais familiares, no dia 7 de janeiro de 2010, na comunidade de Lageado Bonito, Eneas Marques, segundo o criminoso, aconteceu porque ele tinha muitas dívidas e pensava em se matar, mas não queria que a família passasse vergonha.
À pauladas, ele matou a esposa Gema (41) , os filhos Gian Lucas (9) e Gissele (14), e a sogra Petronília Casanova (84). No dia seguinte, saiu de casa para decidir o que faria para se matar. Pensou em jogar o carro no rio ou contra outro veículo na estrada, mas resolveu voltar para a sua propriedade, colocar fogo na casa e se enforcar no mato próximo à residência. A tentativa de suicídio não deu certo, o galho quebrou e ele não conseguiu concretizar a ação.
 À essa altura, já havia movimentação de bombeiros e vizinhos, o que lhe motivou a se esconder na mata, pros lados da comunidade do Divisor. Depois de algum tempo, migrou para os matos entre a Linha Triton e a comunidade de Rio Tuna, onde foi capturado após abater vários bovinos.
Gilmar Reolon confessa morte de adolescente Indiamara Pereira dos Santos
Gilmar Reolon confessou para a Polícia Civil que matou também a adolescente Indiamara Pereira dos Santos, 13 anos, que foi encontrada morta na comunidade de Lajeado Bonito, em Eneas Marques, no dia 27 de fevereiro de 2010. A comunidade é a mesma onde vivia Reolon e a família. O crime ocorreu entre o meio-dia e as 3 da tarde, quando Indiamara estava sozinha na casa da irmã Elizângela, e do marido dela, Luiz Carlos Mendes. O casal havia saído. A menina estava na irmã e no cunhado porque sua mãe Rosa Pereira dos Santos estava há 15 dias em Ramilândia (Oeste), acertando questões burocráticas junto a uma empresa onde seu filho Eduardo trabalhara até 2009. O filho morreu dia 1° de janeiro de 2010, num acidente de moto. Na época chegou a se cogitar a possibilidade de ter sido Gilmar Reolon. Ele disse, em depoimento, que foi até a casa para roubar comida e não esperava encontrar a garota, por isso, acabou matando.
Policiais vasculham o acampamento de Gilmar, em mata no Rio Tuna.

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