O advogado de Jean Carlos Oliveira Pinto, 23 anos, protocolou ontem o pedido de liberdade provisória na Justiça. César Antônio Gasparetto explica que a solicitação será apreciada pelo promotor Márcio Pinheiro Dantas Motta e pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Hélio César Engelhardt. “Talvez o Jean seja solto até sexta-feira, se a Justiça conceder a liberdade”, diz Gasparetto. Jean é acusado pelo assassinado da modelo Agda Fátima Rocha, crime cometido no dia 19 de setembro. O vendedor foi preso em flagrante e segue recolhido na Cadeia Pública Hildebrando de Souza.
Os argumentos apresentados pelo advogado na tentativa de conseguir a liberdade do suspeito são a falta de materialidade de provas – uma vez que o inquérito da Polícia Civil foi entregue ao Ministério Público sem os laudos da Polícia Científica - bons antecedentes, endereço fixo e emprego de Jean Carlos. Caso o Fórum de Ponta Grossa não conceda a liberdade, Gasparetto poderá entrar com o pedido no Tribunal de Justiça, em Curitiba.
Na quinta-feira passada, o delegado Leonardo Carneiro entregou o relatório com as investigações sobre a morte da modelo. Ele aponta Jean Carlos como o único suspeito e o acusa pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de estupro e roubo.
Na tarde desta segunda-feira, o acusado esteve na 13ª Subdivisão Policial (SDP), onde prestou novas declarações à polícia a respeito de ligações realizadas para a Polícia Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na madrugada em que Agda morreu. De acordo com o advogado, a polícia já teve conhecimento desses telefonemas no dia 19 e esses fatos não vão agregar no processo.
O caso
Agda Rocha foi encontrada morta em seu quarto, na casa onde morava com a mãe, no Núcleo Pimentel. Foi ela quem encontrou o corpo da filha, com sinais de agressão. Jean Carlos confessou ter estado com a jovem no local, mas disse que ela morreu acidentalmente e que não a estuprou. Apenas os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal poderão apontar as causas da morte, mas não existe um prazo para que esses exames sejam concluídos. A polícia suspeita que a modelo tenha sido sufocada ao reagir à tentativa de abuso sexual. Jean Carlos saiu da residência levando o celular da moça.
Denúncia deve ser apresentada até segunda
O promotor Márcio Pinheiro Dantas Motta recebeu ontem o relatório da Polícia Civil sobre o caso Agda Rocha. Ele tem até a próxima segunda-feira para oferecer denúncia à Justiça. “Ainda estou estudando o caso, por isso não tenho posicionamento”, informou. No entanto, disse que considera “muito difícil que o Ministério Público concorde com a liberdade” de Jean Carlos Oliveira Pinto, pedida ontem pelo advogado de defesa. “Se houver indícios [de que Jean é o autor], a prudência recomenda que se aguarde o oferecimento da denúncia para conceder a liberdade”, comenta. (E.S.)
mais ja nao foi comprovada que a agda morreu de over
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