O rapaz de 18 anos que foi baleado, na noite de terça-feira, durante confronto com
a polícia é suspeito de pelo menos 50 furtos e mais 15 roubos, praticados nos
últimos meses em Ponta Grossa, principalmente na região do Bairro Nova Rússia.
Paulo Jonathan de Andrade recebeu três tiros na perna direita, foi atendido no
Hospital Municipal e já está em uma das celas da Cadeia Pública Hildebrando de
Souza. Ontem à tarde, ele prestou novas declarações na 13ª Subdivisão Policial
(SDP).
Paulo Jonathan foi ferido após assaltar uma farmácia na Rua Dom Pedro II. O
crime aconteceu às 19 horas, quando ele teria entrado no local acompanhado de outro jovem, identificado como John Lenon. Os dois estavam armados e roubaram
R$ 300. Em seguida, fugiram em direção à Vila Cristina.
Logo que informados do assalto, policiais militares e civis e guardas municipais
foram à região das Vilas Cristina e Hilgemberg em busca dos dois acusados.
Durante o cerco, Paulo Jonathan teria disparado contra os policiais, que revidaram
e acertaram a perna dele. “Em depoimento, ele disse que queria acertar a cabeça
do policial”, revelou o delegado Maurício Souza da Luz, da Seção de Furtos e
Roubos da 13ª SDP. O jovem foi autuado em flagrante pelos crimes de roubo
qualificado e tentativa de homicídio.
Mas, de acordo com a Polícia Militar, foi John Lenon quem efetuou os disparos.
Segundo a PM, os dois acusados do roubo à farmácia estavam consumindo
drogas na Rua Paes de Andrade quando foram surpreendidos pelos policiais.
John Lenon reagiu e atirou duas vezes contra um PM que, por sorte, não se feriu.
Este jovem conseguiu fugir, pegando carona em uma moto e até a tarde de ontem
não havia sido localizado. Paulo Jonathan, por sua vez, escondeu-se em uma vala
e acabou preso.
Ele contou que havia escondido um revólver calibre 32 na casa de uma mulher.
Ela foi conduzida à delegacia e disse que foi ameaçada por Paulo Jonathan.
‘Arrastão’
Paulo Jonathan, morador do Jardim Gralha Azul, e John Lenon, que vive na Vila
Cristina, são suspeitos de vários crimes, entre eles o „arrastão‟ cometido no fim de
semana na Vila Hilgemberg, quando várias casas, o posto de saúde e a escola da
região foram arrombados. Os dois acusados já têm várias passagens pela polícia.
“Eles são usuários de crack e cometem os crimes para sustentar o vício”, lamenta
o delegado. (E.S.)
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