Uma menina de dez anos vinha sendo estuprada pelo padrasto havia dois
meses, em Ponta Grossa. O crime foi descoberto ontem pela mãe, que flagrou
o companheiro nu mantendo relações sexuais dentro da casa da família, na
Vila Princesa. Depois de proferir ameaças à mulher e à garota, o homem, de 38
anos, fugiu. O nome dele não foi divulgado para não atrapalhar o trabalho da
polícia.
O sargento David, da Polícia Militar, conta que a mãe havia acabado de chegar
do trabalho, entre 15h30 e 16 horas desta quinta, quando presenciou o crime.
O companheiro tentou evitar que a mulher chamasse a PM, por isso, ameaçou
a família de morte. Mesmo assim, a mãe pediu ajuda e o homem fugiu para um
matagal.
O acusado do crime é ex-presidiário. Ele deixou a Penitenciária de
Guarapuava, em maio, após cumprir pena por porte ilegal de arma de fogo. De
acordo com o sargento, o acusado também já respondeu a processo por
estupro em Maringá. “A mulher sabia desse passado, mas ele jurou a ela que
aquele caso tinha sido uma armação contra ele”, explicou David.
A menina é filha do primeiro casamento da mulher. Com o acusado, ela teve
mais dois filhos: um menino de dois e outro de três anos. Segundo o policial, a
mulher mantém um relacionamento com o ex-presidiário há alguns anos e agora, como ele está desempregado, ela trabalhava fora enquanto ele deveria
cuidar das crianças. O casal voltou a morar juntos em Ponta Grossa há dois
meses. A criança de dez anos contou aos policiais que, nesse período, vinha
sendo abusada sexualmente pelo padrasto. Os abusos aconteciam sempre sob
ameaças e na frente dos dois irmãozinhos.
A vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal, onde passou por uma série de
exames. Segundo David, a garota não tinha sinais aparentes de violência, além
da sexual. Hoje, ela deve ser examinada também no Instituto Médico Legal
(IML), cujo laudo pretende comprovar o estupro. O caso será investigado pela
Delegacia da Mulher. De acordo com o sargento, a polícia também vai apurar
se os dois meninos chegaram a ser abusados sexualmente pelo pai.
Logo após comunicada do crime, a PM realizou patrulhamentos na região para
tentar localizar o acusado.
Hediondo
Conforme o Código Penal, o estupro de vulnerável (conjunção carnal ou ato
libidinoso com menor de 14 anos) é um crime hediondo, que prevê pena de oito
a 15 anos de reclusão.(E.S.)
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