Terminou, no início da manhã de sábado, o julgamento de dois acusados da morte da estudante universitária Amanda Rossi, ocorrida em outubro de 2007. No júri popular, que começou na manhã da sexta-feira (30), Dayane de Azevedo foi condenada por homicídio triplamente qualificado a uma pena de 23 anos de reclusão em regime fechado. O outro réu, Alan Aparecido Henrique, por sua vez, recebeu condenação por homicídio duplamente qualificado, a pena de 21 anos de prisão, também em regime fechado. Dayane recebeu pena maior porque o júri entendeu que ela, ao contrário de Alan, teria recebido dinheiro para cometer o crime. O júri foi presidido pela juíza Elizabeth Kather. O Ministério Público foi representado pela promotora de Justiça Susana Broglia Feitosa de Lacerda e pelo promotor de Justiça Marcelo Briso Machado.
O terceiro acusado de participação no crime, Luiz da Rocha, conseguiu na Justiça o direito de ser julgado separadamente, sendo que o júri ainda não foi marcado.
O júri entendeu que Dayane teria atraído Amanda para o local do crime, onde a teria atingido, na testa, com um objeto pérfuro-cortante, um prendedor de cabelo que usava naquela noite. Na sequência, Alan teria esganado a vítima até a morte.
Os dois réus julgados negaram participação no crime. Apesar de alegar inocência e afirmar no julgamento que teria sofrido tortura para confessar, Dayane declarou em três depoimentos distintos à Polícia que estava na cena do crime, acusando Alan de ser o autor. A Promotoria do Júri conta que a confissão foi reafirmada por ela, posteriormente, em juízo e na presença de seu advogado, sendo que em nenhum momento ela citou qualquer tipo de pressão ou tortura.
Amanda Rossi era estudante da Unopar. Em 27 de outubro de 2007, depois de uma apresentação de dança na faculdade, ela desapareceu. O corpo foi encontrado dois dias depois na casa de máquinas da piscina da universidade.
DC
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