segunda-feira, março 08, 2010

Exame de DNA comprova morte de menino desaparecido em 1990

Policiais do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) conseguiram comprovar, através de exame de DNA feito pelo Instituto de Criminalística, a morte de um menino procurado pela polícia desde 1990. Leandro Correia desapareceu em 22 de maio de 1990, quando tinha três anos de idade, na cidade de Roncador, a 100 quilômetros de Campo Mourão.

A polícia prosseguiu com as investigações mesmo depois do arquivamento do inquérito pela Justiça e conseguiu comprovar agora que ossos encontrados próximos à região do crime logo após o desaparecimento são mesmo da criança. Os ossos foram encontrados em uma região próxima a Fazenda São Jorge, onde a criança foi vista pela última vez.
Segundo a delegada titular do Sicride, Ana Claudia Machado, os ossos foram submetidos a exame pericial logo que foram encontrados, mas na época o exame de DNA ainda não era uma realidade. De acordo com as investigações, a criança estava na lavoura com a mãe Djanira dos Santos Correia e com o padrasto Pedro Alexandre quando desapareceu. Após a realização de diversas diligências, o inquérito policial foi arquivado pela Justiça em 1994.
"Apesar disso, o Sicride continuou investigando o caso e agora com os avançados exames que podemos fazer na Criminalística comprovamos que os ossos encontrados eram compatíveis com o DNA da mãe da criança", afirmou.
A delegada ainda explicou que agora cabe à Justiça decidir se reabre o caso para que a polícia possa então investigar as causas da morte da criança. "Nós vamos encaminhar um relatório sobre as novas descobertas, juntamente com o laudo do Instituto de Criminalística para o Fórum local, já que se tratava de um inquérito arquivado. Agora é da Justiça a decisão sobre a continuidade das investigações", explicou.
Ana Claudia Machado disse que, mesmo com o arquivamento dos casos, o Sicride não deixa de investigar o paradeiro das crianças desaparecidas no Paraná. "Com a elucidação deste caso fica a certeza de que o Sicride continua investigando independentemente do tempo em que o fato ocorreu, mantendo a excelência da delegacia que é pioneira e exclusiva em todo o país", declarou.
Na tarde desta quinta-feira (4), uma equipe de policiais do Sicride juntamente com a delegada Ana Cláudia e a psicóloga da delegacia visitaram a mãe de Leandro para relatar sobre a confirmação da morte do menino. "A mãe ainda reluta em acreditar, mas é uma atitude comum nesses casos onde a esperança da família nunca morre. De qualquer maneira, estamos tentando ajudá-la com a psicóloga da nossa delegacia que é especialista em atender pessoas nestas situações de dor e tristeza", disse.

AEN

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