sábado, setembro 10, 2011

Adolescente morre na carceragem da 13ª SDP

Um adolescente de 16 anos morreu ontem dentro de uma das celas da carceragem da 13ª Subdivisão Policial (SDP), em Ponta Grossa. Ele foi apreendido pela Polícia Militar na noite de quarta-feira, acusado de tentativa de roubo. O garoto teria assaltado uma pessoa na Vila Palmeirinha, mas a vítima reagiu e populares o espancaram. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o laudo sobre a causa da morte deve ficar pronto em 30 dias.
O delegado-adjunto da 13ª SDP, Leonardo Carneiro, disse que a informação preliminar fornecida pelo IML é de que o óbito não teria sido provocado por lesões traumáticas. Por isso, aumentam as chances de que o adolescente tenha morrido de overdose.
Segundo a tenente Natália Marangoni, relações-públicas do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a tentativa de roubo aconteceu por volta das 19 horas. “Quando a viatura chegou, havia muitos populares. O adolescente estava na rua, deitado, com algumas escoriações no rosto. Ele foi algemado e levado à 13ª SDP”, relatou. De acordo com Natália, o garoto teria simulado estar armado, mas a vítima percebeu que ele não portava arma e decidiu reagir. O menor saiu correndo, mas foi pego por testemunhas. “Como não há indícios, de que os policiais tenham provocado as lesões, não será aberta investigação no 1º BPM”, ressaltou.
Já a 13ª SDP vai abrir um inquérito para investigar a morte do menino. “Os policiais serão chamados a depor sobre o fato”, explicou o delegado. De acordo com Leonardo, os policiais perceberam que o menino “não estava em condições normais”, pois falava frases desconexas. Por isso, ele nem chegou a prestar as declarações à delegada Tânia Maria Sviercoski Pinto, que estava no plantão.
Por volta das 23 horas, o rapaz começou a passar mal e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. “O garoto estava com diarreia e extremamente agressivo, mas lúcido. Ele recusou o atendimento”, contou o coordenador do Samu, Rogério Clemente. No entanto, às 5 horas, outro homem que estava detido na mesma cela acionou os investigadores
Segundo relato De uma senhora, um individuo de blusa cinza com capuz entrou na Panificadora armado com um revolver cromado dirigiu-se até o balcão rendeu uma funcionária e a obrigou a entregar o dinheiro do caixa levou em torno de R$ 200,00 em dinheiro e evadiu-se sentido contorno. Segundo uma vizinha a mesma avistou duas motocicletas em atitude suspeita. Através da filmagem não foi possível ver o rosto do autor porque o mesmo sempre estava com a mão no rosto.
ENCAMINHAMENTO: Não Houve
porque o garoto estava imóvel. Novamente o Samu foi chamado e constatou a morte do menino.
Se o laudo do IML apontar que o menino pode ter morrido devido às agressões, os populares envolvidos poderão responder pelo crime de homicídio. “Então, vale ressaltar que nunca se deve reagir a um assalto, pois a pessoa pode vir a ser processada por lesão corporal ou até assassinato”, orienta o delegado.
Familiares contaram que o adolescente estava acompanhado de uma moça de 21 anos, pouco antes da tentativa de roubo. No entanto, desde então ela estaria desaparecida. Leonardo diz que ainda não tomou conhecimento do sumiço da garota.
Menino deixou casa de apoio em agosto
O jovem de 16 anos que morreu ontem no interior da 13ª SDP foi mais uma vítima das drogas, independentemente se ele morreu de overdose, abstinência ou pelas agressões – só o exame do IML poderá confirmar. O pai do adolescente contou que o garoto havia saído de uma casa de recuperação no fim do mês passado. “Eu também estava internado, porque tenho problema com alcoolismo, mas como ele saiu, eu vim atrás dele”, explicou o homem. Segundo o pai, o garoto usava álcool e drogas ilegais, principalmente crack, e já cumpriu medida no Centro de Socioeducação (Cense) por roubo, no ano passado.
Ana Cristina, coordenadora de projetos da Associação Ministério Melhor Viver, onde o garoto ficou internado, explica que as drogas entraram na vida dele devido à desestrutura familiar. A mãe do menino abandonou há família faz mais de dez anos. “O garoto era muito bom, mas tinha crises de abstinência quando deixava de usar as substâncias”, revela. (E.S.) A Corregedoria da Polícia Civil irá investigar a morte do adolescente de 16 anos, que não terá seu nome divulgado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA. A determinação partiu do secretário de Estado da Segurança Pública (SESP), Reinaldo de Almeida César Sobrinho e do delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, e foi informada ao JM pelo delegado-chefe da Divisão Policial do Interior (DPI), Júlio Reis, na noite desta quinta-feira. A última vez em que os familiares viram o jovem com vida foi por volta das 18h30 de quarta-feira, feriado por ocasião do Dia da Independência, quando ele deixou a casa do avô, no Parque Nossa Senhora das Graças, em companhia de uma moça. O pai do rapaz, que também terá o nome omitido para preservar a identidade do filho, de 42 anos, soube da morte somente ontem. Desde então, as informações que chegaram à família, tais quais as relatadas à imprensa, são conflitantes.
A delegada-chefe da 13ª Subdivisão Policial, Valéria Padovani de Souza, disse ao JM que foi instaurado um inquérito para apurar as “circunstâncias que resultaram na morte do adolescente”, encontrado morto por um investigador por volta das 5 horas de ontem. “Estamos aguardando os laudos, embora não tenha sido encontrada no corpo nenhuma lesão que possa ter provocado a morte dele. Mas, estão sendo realizados exames mais apurados a fim de que se verifique se a morte não é consequência da ingestão de álcool ou drogas”, expõe.(Mário Martins-JMNews)

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