A mulher encontrada morta, na manhã de sábado, pode ter sido vítima de um ritual de magia negra. Cleiriane Batista, 21 anos, teve o rosto completamente desfigurado e seu corpo foi localizado ao lado da Rua Edílson Araújo, no Parque dos Pinheiros. A suspeita surgiu a partir da informação fornecida por um motoboy, que teria levado a moça até o local onde se praticam rituais macabros.
A mãe da vítima, Clotildes Aparecida dos Santos Batista, contou que filha, que trabalhava como garota de programa, estava desaparecida desde o dia 27 de agosto. Ela morava na Vila Hilgemberg e tinha dois filhos, um menino de três e uma menina de um ano. Poucos dias depois do sumiço, Clotildes registrou um boletim de ocorrência. “Começamos a conversar com as pessoas que tinham relacionamento com ela, como suas colegas, até que soubemos que um motoboy é quem teria visto-a pela última vez”, explicou a mãe. A última vez que Clotildes viu Cleiriane viva foi no dia 27, quando a moça saiu de casa para entrar em um carro prata. Para a mãe, o motorista seria um cliente da filha.
Dias depois do desaparecimento, o motoboy teria conversado com familiares da vítima e contado que deixou a moça em um centro. “Nós soubemos que ele recebeu muito dinheiro para fazer o transporte”, contou Clotildes. Na noite do último sábado, os parentes encontraram o rapaz e chamaram a polícia para prendê-lo. A Polícia Militar deteve o motoboy, mas ele negou envolvimento e acabou liberado. De acordo com a mãe, a filha não frequentava seitas.
Segundo informações, Cleiriane trabalhava na área central, durante à tarde, e à noite fazia programas em uma boate. “Ela ganhava o dinheiro para sustentar os filhos, pois era mãe solteira. Nunca foi de sair por aí”, relatou Clotildes. “O que esperamos é Justiça”, ressaltou.
A Polícia Civil está apurando o caso e admite que há uma linha de investigação sobre o ritual de magia negra. Ontem, algumas testemunhas foram ouvidas em depoimento na 13ª Subdivisão Policial (SDP). O delegado Leonardo Carneiro, do Setor de Inteligência, aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar como Cleiriane foi assassinada.
Crime
A garota de programa Cleiriane Batista foi vítima de um crime bárbaro. Segundo os primeiros dados coletados pelo Instituto de Criminalística, ela foi morta por esgorjamento (lesão produzida por instrumento cortante ou cortocontundente na região anterior ou lateral do pescoço) e sofreu agressões. Depois, a vítima teve o couro cabeludo totalmente arrancado (escalpelamento), assim como a pele do rosto. A suspeita é de que tenha sido jogado ácido sobre a face da moça. O assassinato teria ocorrido entre três dias e uma semana antes da localização do cadáver.
O IML confirmou que ela não estava grávida, como se suspeitou inicialmente, e apenas um exame mais detalhado deverá apontar se Cleiriane sofreu violência sexual. Além disso, segundo a polícia, as roupas e papéis encontrados perto do local onde estava o corpo não têm relação alguma com o crime.
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