Um adolescente de 13 anos, deficiente físico e com problemas psiquiátricos devido a um acidente, alega ter sido agredido por policiais militares da Patrulha Escolar dentro do colégio estadual onde estuda, no Parque Tarobá, em Ponta Grossa. O caso teria ocorrido há quase um mês, mas a mãe só tomou conhecimento nesta semana. “Alunos viram a agressão e me contaram. Os policiais ficaram trancados com o meu filho numa sala”, disse a mulher (que não terá seu nome divulgado para preservar a identidade do adolescente). “Eles me deram um ‘pedala Robinho’ [tapa na cabeça]”, afirma o garoto.
A Patrulha esteve na instituição para intervir na briga entre este menino e um colega. O garoto de 13 anos disse que agrediu o colega porque estava sendo insultado. “Ficam fazendo piadinha comigo e eu não gosto”, contou.
O comandante da Patrulha Escolar da cidade, tenente Saulo Vinícius Hladyszwski, diz que não soube desse fato. “Nós sempre somos chamados para fazer a intermediação de conflitos entre os alunos e quando acontece algo diferente, eu sou avisado”, comenta. A mãe conta ainda que a direção da escola permitiu que os policiais conversassem a sós com o garoto, mas, de acordo com Saulo, a orientação do comando geral é para que pessoas da escola, como pedagogos, por exemplo, presenciem o trabalho da Patrulha.
A mulher critica ainda a maneira como a escola trata o adolescente. “Após o fato, ele faltou uma semana e ninguém me ligou para ver o que tinha acontecido, nem chamou o Conselho Tutelar. É um descaso”, diz. Segundo ela, depois do ocorrido, a direção expulsou o menino. O adolescente diz que não quer mais voltar à escola e mãe também não quer que ele retorne. “Estou até pensando em mudar de cidade”. (E.S.)
DC
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