| Fábio Matavelli |
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Atendentes são treinados e normalmente percebem que a chamada é falsa e evitam o deslocamento da viatura
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Quem telefonar para números de emergência para passar trotes poderá ser multado no Paraná. O governador Beto Richa sancionou, nesta semana, lei que prevê punição para os ‘engraçadinhos’. O processo de regulamentação deve ficar pronto em 60 dias e, a partir daí, a proposta entrará em vigor. A multa para quem passar trotes será de R$ 135,78.
Em Ponta Grossa, até 20% das chamadas recebidas diariamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros/Sistema de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) são trotes. Na Polícia Militar não existe controle específico sobre as ligações, mas a corporação garante que também é alto o número de pessoas que ligam para a emergência para registrar ocorrências falsas.
Geralmente, os funcionários que trabalham nas centrais de operações são treinados para identificar os trotes e, na maioria das vezes, conseguem perceber a chamada falsa e evitar o deslocamento desnecessário da ambulância. Mesmo assim, no ano passado, o Samu de Ponta Grossa mandou por dez vezes o veículo para atender ocorrências inexistentes. No Sábado de Aleluia deste ano, a ambulância foi socorrer uma suposta vítima de agressão e, ao chegar ao endereço citado, deparou-se com um boneco de Judas. Naquele mesmo instante, havia uma pessoa esfaqueada à espera de atendimento no outro lado da cidade. “Além de deslocar a viatura sem necessidade, os trotes prejudicam porque congestionam as linhas. A pessoa que está passando um trote hoje pode precisar do nosso serviço amanhã. É preciso ter consciência”, afirma o tenente Thiago Schinzel, relações-públicas do 2º Grupamento de Bombeiros.
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