quinta-feira, julho 16, 2009

Caso boxeador Arturo Gatti: família acredita na inocência de Amanda Rodrigues

A médica mineira Flávia Rodrigues, irmã de Amanda Carina Barbosa Rodrigues, 23 anos, acusada de ter matado o marido, o boxeador Arturo Gatti, na madrugada de sábado (11) em Porto de Galinhas, Pernambuco, disse que acredita plenamente na inocência da irmã. Flávia e o pai chegaram a Recife no domingo (12) e acompanharam Amanda na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e no IML, para o exame de corpo de delito.

Amanda é baiana, mas sua irmã e seus pais moram em Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais. De acordo com a médica, a família está muito abalada, mas tem certeza da inocência de Amanda. "Nós não imaginávamos que iria ter essa repercussão, não passava pela cabeça da minha irmã que ela seria acusada. A Amanda chamou o SAMU para tentar salvar o marido e chamou também a polícia. Como que alguém que cometeu um crime pode chamar a polícia?", questiona. Ela ainda disse que eles devem continuar em Pernambuco acompanhando Amanda.

Para a família, os policiais procederam mal ao prender Amanda sem provas. "Nós queremos a verdade e estamos à disposição para esclarecer tudo. Nesse domingo, minha irmã voltou ao flat para dar sua versão. Nós queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível".

Segundo Flávia, a irmã está muito abalada já que, além de ter perdido o marido e estar sendo acusada, ela ainda está longe do seu filho de 10 meses.

DEFESA

Os familiares contrataram o advogado criminalista Célio Avelino nesta segunda-feira para fazer a defesa de Amanda. Segundo ele, a polícia não podia prendê-la em flagrante, já que ela não estava nas condições previstas em lei. "A Amanda não foi encontrada com a arma do crime, nem tentou fugir. Ela chamou a polícia para tentar descobrir a causa da morte do marido", explica o advogado.

Nessa terça-feira a defesa vai entrar com um pedido de relaxamento da prisão, alegando que "Amanda Rodrigues é réu primária e sua liberdade não causa perigo à sociedade".

Segundo Avelino, o delegado responsável pelas investigações, Josedite Ferreira, apresentou apenas suposições e poucas provas para prender Amanda.

EXPECTATIVA

A médica Flávia Rodrigues disse que a expectativa da família é com o resultado da perícia. "Nós acreditamos que o laudo vai provar a inocência da minha irmã", argumenta. O resultado pericial deve ficar pronto em 15 dias.

A partir de agora, o inquérito não está mais sob responsabilidade do delegado Josedite. O caso foi transferido para Paulo Alberis, também da delegacia de Ipojuca.

O CASO

O boxeador Arturo Gatti foi encontrado morto dentro do Hotel Dorisol de Porto de Galinhas, Pernambuco, na manhã do sábado (11). O canadense de 37 anos estava hospedado com a mulher, a brasileira Amanda Rodrigues, e o filho de 10 meses.

De acordo com a polícia, Gatti foi assassinado pela mulher. Ela teria enforcado o marido enquanto ele dormia. Amanda teria sido a primeira pessoa a encontrar o corpo do pugilista canadense na sala do apartamento, onde o casal passaria um mês de férias. O delegado Josedite Ferreira disse que ter encontrado inconsistências no depoimento.
(O Tempo)

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