A chuva constante há uma semana causou desabamentos e deslizamentos ontem em Ponta Grossa. A Defesa Civil atendeu 17 famílias em situações de risco. De acordo com o Corpo de Bombeiros ocorreram deslizamentos em nove pontos da cidade e alagamentos em outros três bairros. Os alagamentos ocorreram nas vilas Santana e Santa Bárbara. Já os deslizamentos de terra foram no Parque Dom Pedro II, no Jardim Sabará, na Ronda, Vila Sabina, Jardim Maracanã, Jardim Araucária e no Centro. Ninguém ficou ferido. Na rodovia BR-376 as chuvas causaram transtornos em pelo menos três pontos. No quilômetro 506, próximo a Cargil, o excesso de água das chuvas reduziu a capacidade de sustentação do solo e sete postes da rede de alta tensão caíram e fecharam a rodovia. Sete equipes da Copel trabalhavam ainda na noite de ontem para garantir o reabastecimento do Distrito Industrial. O engarrafamento chegou a três quilômetros em cada pista. O trânsito foi liberado cerca de uma hora depois do incidente. Ainda na rodovia, o transbordo do Arroio da Ronda, causou a interdição da rodovia nos dois sentidos. No trevo do Santa Paula, houve queda de barreira próximo às residências do Jardim Maracanã. A Rodonorte conteve a situação com a colocação de lonas e a interdição da terceira faixa do trecho. No final da Rua Leonor Cavagnari Maciel, no Maracanã, deslizamento e rompimento da rede de esgoto assustou a família do pedreiro Vanderlei Paes de Almeida. Ele, a esposa e os três filhos tiveram de deixar a casa. "Esperamos que a Prefeitura conserte a situação", dispara o morador. Já no Sabará, na Rua Osvaldo Gomes, a dona-de-casa Sirlei Martins, de 54 anos, teve de abandonar a casa onde mora há 23 anos. O barranco despencou, levando uma árvore, a casa do cachorro da vizinha, e a terra invadiu dois cômodos da casa. A vizinha, aposentada Elza Ferreira Benhuck, de 62 anos, se assustou com o estrondo e tratou de chamar os filhos para ajudar a desmanchar a casa. "Vamos colocar os quartos aqui para frente, pois a lateral ainda tem riscos", conta. Na Rua Sete de Setembro, no Centro, a chuva contribuiu para que a parede lateral de um escritório contábil desabasse sobre uma obra. "As rachaduras foram aumentando de repente e os engenheiros acharam mais seguro que deixássemos o local", conta o contador Odair José, de 59 anos. Volta a chover no sábado De acordo com o Instituto Simepar ontem o volume de chuvas em Ponta Grossa alcançou 52 milímetros, metade da média estimada para todo mês. Em julho, o volume de chuvas já alcança 233 milímetros, 137 acima da média. O tempo segue instável hoje, com possibilidades de chuvas fracas. O sol deve aparecer amanhã e persiste até sexta. Na noite de sexta a chuva retorna à região dos Campos Gerais e fica mais intensa no sábado. As temperaturas se mantém entre 11 e 20 graus.
JM News
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