Foi encontrado na noite de ontem o empresário Carlos Alberto da Cruz, 37 anos, que estava desaparecido desde as 6h30 desta quinta-feira. Segundo familiares, o proprietário da Panificadora Pérola disse que estava amarrado e vendado em um matagal, nas proximidades do local onde seu carro foi encontrado. Ele conseguiu se desamarrar e pediu ajuda em um clube de campo, por volta das 19h15.
Um cunhado de Carlos seguiu ao seu encontro e o levou ao Hospital Bom Jesus. De acordo com os familiares – aliviados depois de passar mais de 12 horas sem notícias de Carlos –, o empresário não tinha ferimentos aparentes.
Policiais militares conseguiram conversar com o empresário, que ainda estava confuso. A eles, Carlos contou que saía da empresa em que havia entregado o lanche pela manhã e foi “fechado” por uma moto. O homem que estava na garupa desceu e entrou no carro, obrigando-o a seguir até o trevo de acesso a Carambeí, na PR-151. Neste local, comerciante contou que foi tirado do veículo e encapuzado. Os dois homens andaram com ele pelo matagal, sedaram-no e o abandonaram.
O carro do empresário foi localizado, abandonado, na Estrada Velha para Castro. Até um cão farejador da Polícia Militar esteve na área para tentar encontrar Carlos, sem sucesso.
Familiares e amigos do empresário acompanharam o trabalho da PM, da Polícia Civil e do Instituto de Criminalística. Eles disseram que Carlos saiu da panificadora por volta das 6h10, para entregar lanche em uma metalúrgica no Jardim Los Angeles, como fazia diariamente. Segundo o delegado Maurício Souza da Luz, depois de fazer essa entrega, o empresário retornou para a panificadora e saiu novamente, não voltando mais. Familiares disseram que ele esqueceu o celular na padaria.
O carro de Carlos, um Volkswagen Gol, placas ALG-2739, foi encontrado pela Polícia Rodoviária Estadual por volta das 9 horas. Os policiais, então, contataram a família através da checagem da placa. Depois disso, teve início o trabalho de investigação, envolvendo as Polícias Civil e Militar.
A perita Eliane Martins, do Instituto de Criminalística, coletou alguns materiais no veículo na tentativa de identificar a pessoa que estaria com Carlos antes do seu sumiço. “Foram encontradas pequenas quantidades de sangue, borradas no vidro na parte interna, de frente para o motorista, mas muito pouco”, contou, acrescentando que o sangue estava fresco. A lataria do veículo também apresentava pequenas avarias, que podem ter sido provocadas nesta quinta-feira.
Além disso, Eliane coletou um cigarro inteiro e duas bitucas, do lado do passageiro. “Os familiares disseram que ele não fumava”, comentou.
Segundo a perita, também não havia vestígios de furto de objetos. O delegado Maurício Souza da Luz investiga o caso.
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