Pinhão - No segundo dia de aula, dia 9, uma criança de 9 anos caiu para fora de uma kombi do transporte escolar de Pinhão. Em uma manobra brusca a porta abriu e a menina caiu no chão. Apesar do acidente, o motorista não prestou socorro e ainda disse aos alunos para não contarem o acontecido aos pais.
Segundo o pai, João Wilson Narcizo (foto), a menina chegou em casa com a roupa suja e sentindo dores, ao ser indagada, respondeu que havia caído na escola. O pai acreditou, mas dias depois, vizinhos contaram que ela tinha caído da kombi que faz o transporte escolar.
Na sexta-feira, dia 12, João foi direto à Secretaria Municipal de Educação. “Outro pai, já tinha vindo contar, eles já estavam sabendo, então de imediato mandaram buscar a minha filha para fazer os exames. O que aconteceu foi um absurdo, poderia ter acontecido uma tragédia, ela podia ter batido a cabeça numa pedra. O motorista devia ter tocado direto para um posto de saúde e não intimidar as crianças para esconder o que aconteceu”, frisou ele.
A indignação do pai ficou maior ainda ao saber que o veículo licitado é um carro em bom estado e que o motorista era para ser outra pessoa. “Na licitação está um carro novo, mas na pratica é uma kombi caindo aos pedaços, que não para com as portas fechadas. O motorista eu nem conheço, nem sei o nome”. A linha em questão é a Buggio, que faz o transporte para a Escola Rural Papa Paulo II.
A menina contou que o acidente aconteceu na ida para a escola e que chegando lá contou para a professora, que não deu atenção. Ela disse também que estava sentada quando caiu. “Quando cai, ele (motorista) parou a kombi e me ergueu porque eu não consegui me levantar, depois disse que era pra gente não contar pro pai”.
O pai disse que não desconfiou apesar da menina andar com dificuldade e reclamar de dor nas costas. “Ela disse que um menino tinha passado uma rasteira, eu ia reclamar na escola, quando fiquei sabendo e fiquei preocupado, mas foram feitos todos os exames, e graças a Deus ela não tem nada”, diz aliviado.
Outra reclamação é que o motorista deveria fazer duas viagens e muitas vezes faz apenas uma. “No dia seguinte, a mesma kombi estava entupida de aluno, porque que ele estava atrasado daí fez uma viagem só”, conta o pai.
João disse a Secretaria de Educação atendeu a menina com os exames e suspendeu o dono da linha por dois dias para que ele se defenda. “Espero que ele perca a linha, e responda judicialmente pelo o que aconteceu. Tomara que não esperem acontecer o pior para daí tomar uma providencia. Onde está a fiscalização para ver se os carros que foram licitados são os mesmos que estão fazendo o serviço?”, questiona.
Fonte:Fatos do Iguaçu
Foto: Edinéia Schoemberger
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