quarta-feira, junho 03, 2009

Investigações sobre receptação de mercadorias em Irati continua

Irati - Nesta terça-feira (2), o Delegado Ítalo Biancardi Neto, chefe da GAECO de Guarapuava, informou que as investigações sobre a quadrilha especializada em roubos de cargas continua. Os empresários de Irati, José Carlos Ivasko, sócio proprietário de uma rede de supermercados, e Fernando Boscardim, representante e proprietário de uma loja de informática na cidade foram indiciados, segundo disse o delegado Ítalo Biancardi Neto.
Afirmou ainda que o empresário “Zeca” Ivasko comprava carga de balanças de um receptador de Ponta Grossa, chamado Marcos Juliano Alves Bezerra, o qual vendia as mercadorias por um preço abaixo do mercado. “José Carlos sabia de tudo, pois Bezerra propôs que alterassem o termo de garantia do fabricante. E quando soube que estávamos indo até o local, desapareceu com as mercadorias”, relata o delegado.
No caso de Fernando Boscardim, o delegado informou que o mesmo trabalhava para Marcos Juliano Alves Bezerra fazendo a troca de lacres nos materiais, e acabou se envolvendo também com Maicon Jean Ferreira, de Guarapuava. Conforme o delegado Boscardim emprestou seus dados para abrir uma empresa em Guarapuava. “De fachada, sendo que Bezerra receptava e os outros dois participavam”, contou.
O Jornal Hoje Centro Sul entrou em contato com os empresários para saber as suas versões dos fatos. José Carlos Ivasko disse que não irá falar nada, pois, segundo ele, não foi notificado de nada ainda. “Tudo o que estão colocando e falando na imprensa eu oficialmente não sei de nada”, declara. “Não irei falar nada agora, eu nem sei se o que vocês estão falando é verdade, só sei de disque me disque”, fala.
Perguntado sobre quando a GAECO o procurou, José Carlos disse não saber os motivos que foram até ele. “Se tem alguma coisa, eles que cheguem em mim. Olha essas pessoas que eu comprei as mercadorias têm empresas que me prestam serviços já faz sete anos. Eles são licenciados pela Receita Estadual, só isso que eu sei, o resto eu não sei de nada. Comprei mercadorias, e eles são vendedores da Firizolla”, finalizou.
Fernando Boscardim acompanhado de sua advogada Lorita Krepki declarou que prestou serviço para Bezerra até o ano passado. “Na quinta-feira (21) o pessoal da GAECO veio atrás de mim somente para que eu desse um depoimento; a Receita fiscalizou toda a minha loja, desde a documentação, notas fiscais e não encontraram nada”, afirma.
Segundo Boscardim, ele teve uma empresa aberta por Bezerra com o seu nome. “Foi aberta em meu nome na cidade de Ponta Grossa e não em Guarapuava. Hoje ela está em Guarapuava. Trabalhei de sete a oito anos com Bezerra e não era registrado, por isso ele agiu assim”, retratou. “Quem vendia equipamentos era o Bezerra, eu nem sabia de onde vinham, eu apenas era um funcionário que prestava serviços de assistência para os supermercados da região, com software dos equipamentos de automação. Quando soube, em setembro de 2008, que Bezerra havia sido preso, pedi a conta e sai da empresa”, diz.
Questionado a respeito das trocas de lacres nas mercadorias, Boscardim justificou. “Sou o único autorizado na região pela Receita Estadual a efetuar a intervenção técnica das impressoras fiscais da marca DATAREGIS”, finaliza.


Texto: SC, da Redação do Jornal Hoje Centro Sul

2 comentários:

  1. “José Carlos sabia de tudo..."

    Que coisa zeca?

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  2. José Carlos é um trabalhador honesto. Conheço ele desde que nasceu.

    ass. quem sabe o que está falando.

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