Nesta quarta-feira, 3 de junho, a Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, instaurou inquérito civil público para apurar a notícia de compra, fornecimento e utilização de sabonete líquido contaminado por bactérias no Hospital Municipal, no Hospital da Criança e em três Centros de Atenção à Saúde da cidade (CAS). Há suspeita de uso do saponáceo inclusive na Unidade de Terapia Intensiva infantil do Hospital da Criança, local de onde partiu a primeira denúncia de que haveria algo errado com o produto, que apresentaria aspecto aquoso e mau cheiro. De acordo com o Ministério Público, uma análise clínica feita em 11 de maio constatou a presença de pelo menos três tipos de bactérias no sabonete (bacilos gram negativos). A Vigilância Sanitária Estadual iniciou uma investigação sobre o caso e encontrou o produto ainda em utilização, apesar da Prefeitura ter emitido comunicado informando que havia recolhido o material tão logo notificada do primeiro incidente, na UTI pediátrica. Além do inquérito civil, o MP-PR promoverá investigação criminal em face das empresas responsáveis pelo fornecimento do produto – há informações de que não possuiriam licença sanitária e registro. A Promotoria deve investigar ainda como foi feita a compra do sabonete, bem como verificar a questão de eventual improbidade por parte de agentes públicos. “Produtos sem registro ou licença sanitária jamais deveriam ser adquiridos pelo Município, sobretudo para uso na área da saúde. Vamos apurar todas as responsabilidades”, diz o Promotor de Justiça Fuad Faraj, que vai conduzir as investigações cíveis e criminais. Ele destaca que, após a intervenção da Vigilância Sanitária Estadual, o uso do saponáceo teria sido suspenso nas unidades de saúde.
Fonte: MPPR
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