quinta-feira, junho 25, 2009

Irati tem um caso suspeito de gripe suina

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira, 24, um novo boletim epidemiológico com os dados da nova gripe. De acordo com o informe técnico, cinco novos casos foram confirmados no Paraná.
Quatro deles estão localizados na 2ª Regional de Saúde, região de Curitiba, sendo que dois deles são de contatos próximos a um dos casos já confirmados, o que significa que são os primeiros casos autóctones do Estado.
Contudo, a Secretaria reforça que não há motivo para alarde, já que eles estão em isolamento, sendo monitorados e medicadas. Ambas são mulheres.
O terceiro caso dos quatro na região de Curitiba se refere a um paciente que teria contraído a doença no Paraná e teve o caso diagnosticado no Japão, onde ainda permanece. O quarto novo caso é de uma mulher contaminada na Argentina. Trata-se de uma jovem que retornou ao País no dia 15 de junho. Ela está em isolamento e sendo monitorada. O quinto caso é de uma mulher adulta da região de Foz do Iguaçu e que também veio da Argentina. Todos os pacientes passam bem.
No novo boletim a Secretaria também informou que foram descartados 14 casos, sendo seis da 2ª Regional de Saúde (Curitiba), dois da 20ª Regional de Saúde (Toledo) e outros seis da 9ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu). Também foram incluídos 17 novos casos suspeitos, sendo oito da 2ª Regional de Saúde, três da 17ª (Londrina), um da 10ª (Cascavel), três da 20ª (Toledo), um da 16ª (Apucarana), um da 3ª (Ponta Grossa) e um da 4ª (Irati). A Secretaria também informou nenhum novo caso em monitoramento foi notificado
O balanço final do Paraná neste novo boletim é de 10 casos confirmados, 26 suspeitos, 08 em monitoramento e 96 descartados.


Perguntas frequentes:
A gripe A (H1N1), conhecida popularmente como “gripe suína”, mata?
Assim como qualquer outra gripe, pode matar. A letalidade média da influenza sazonal é de 0,5%, enquanto outras, mais virulentas, como a gripe aviária tem a letalidade de 50%. Contudo, ainda não há uma estatística precisa sobre a letalidade deste novo tipo de gripe. O motivo é que os óbitos, por enquanto, ocorreram apenas no México e as estatísticas não são seguras o suficiente para se afirmar que outros casos, menos sintomáticos, também estejam sendo registrados no País, o que diminuiria o atual índice de 6% de letalidade, que ainda não é confiável.
Qual o motivo da doença estar sendo repassada e preocupar tanto?
A gripe está sendo causada por uma variação do vírus A H1N1. Por este motivo, não há carga imunológica de proteção, como ocorre na maioria das doenças. Portanto, ela tem maior transmissibilidade já que o organismo não reconhece prontamente o vírus o que impede o sistema de defesas do corpo de agir contra a gripe.

Há vacina para gripe A (H1N1)?
Por ser um vírus novo, ainda não há uma vacina disponível para a doença. Também não há comprovação que a imunização contra a influenza tradicional seja eficaz para diminuir os problemas ocasionados pelo novo tipo de gripe.

Comer carne de porco transmite a doença?
Não, o vírus não consegue sobreviver a uma temperatura superior a 70 graus. Então a carne suína bem cozida, frita ou assada não traz nenhum risco de contaminação.

Gripe A (H1N1)

Informações gerais sobre a doença

É uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. O quadro clássico tem inicio abrupto com febre, mialgia (dores musculares e articulações) e tosse seca.
É um vírus RNA e subdivide-se em três tipos: A, B e C de acordo com sua diversidade antigênica. Os dois primeiros, principalmente os vírus influenza A, são altamente transmissíveis e mutáveis.
Os vírus influenza tipo “A” são encontrados em várias espécies animais, sendo as aves aquáticas silvestres seu principal reservatório. O tipo “A” é o responsável pelas pandemias periódicas de influenza com início na forma zoonótica, a partir de aves e suínos, e posterior adaptação para transmissão interhumana, como as pandemias ocorridas nos anos de 1918, 1957 e 1968 no século XX.
O principal modo de transmissão é o contágio mediato por aerossóis primários. A transmissão também pode ocorrer por contato com secreções nasofaríngeanas, daí a importância da lavagem adequada de mãos para o controle da doença. Eventualmente também pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de pequenas partículas residuais dessecadas, que podem ser levadas a distâncias maiores.
A influenza tem altas taxas de ataque, disseminando-se rapidamente na comunidade e em ambientes fechados.
O período de incubação varia entre um a sete dias com um período de transmissibilidade de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.

Texto: SC, com informações da SESA

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