quinta-feira, junho 04, 2009

Transparaná: Gaeco tem investigações quase concluídas

Em Irati dois foram investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado

No último mês de maio o Núcleo de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, realizou uma ação contra uma quadrilha especializada em roubos de cargas que agia no Paraná. De acordo com o delegado do Gaeco, Ítalo Biancardi Neto, as cargas eram roubadas em Curitiba e na Região Metropolitana, e que eram comercializadas para diversas cidades do Estado.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, foram presos em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, receptadores do bando, nesta operação chamada Transparaná. A ação foi deflagrada em 13 de maio e culminou com a prisão de seis pessoas e no cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão. Quatro pessoas foram presas em flagrante e cumpridos 12 mandados (4 deles em Irati). Os quatro presos, empresários pontagrossenses do ramo de medicamentos, foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Ponta Grossa. Eles devem responder pelo crime de formação de quadrilha e receptação. Foram apreendidos remédios roubados e armas de uso restrito.

De acordo com Ítalo, a quadrilha agia dentro do Paraná há cinco anos. Em Irati foram investigados o empresário José Carlos Ivasko e o também empresário Fernando Boscardim. O delegado, em entrevista por telefone para a reportagem da Rádio Najuá, na última segunda-feira (1º), explicou que Fernando prestava serviços para o empresário de Ponta Grossa, Marcos Juliano Alves Bezerra. O empresário pontagrossense segundo Ítalo, era um forte receptador no esquema da quadrilha. Fernando além de prestar serviços para supermercados de Irati, abriu uma empresa em seu nome para facilitar a comercialização de produtos roubados.

Fernando Boscardim em entrevista para a reportagem da Najuá, também na última segunda-feira (1º), contou que era funcionário da empresa de Ponta Grossa e que nunca soube que as mercadorias que ele trabalhava eram roubados. Ele conta que a empresa era de automação comercial e que em setembro do ano passado quando soube que a mesma estava sendo investigada pela polícia ele resolver pedir demissão. Quando questionado pela reportagem sobre a empresa em seu nome, disse que abriu apenas uma e que também era de automação comercial e nada tinha a ver com o esquema da quadrilha. De acordo com Fernando ele tinha apenas 2% de participação na empresa e que ela funcionava para prestar serviço de lacre de impressoras fiscais.

Segundo o delegado Ítalo Biancardi Neto, José Carlos comprou balanças que haviam sido roubadas pela quadrilha. Quando questionado pela reportagem se havia envolvimento entre os dois empresários de Irati, o delegado contou que Fernando Boscardim prestava serviços para o supermercado e que além da entrega das balanças roubadas pela quadrilha, ele retirava o termo de garantia das mesmas.

Fernando confirmou a Rádio Najuá: “eu retirei os termos de garantia porque a empresa que eu trabalhava em Ponta Grossa pediu, mas eu não sei para que eles queriam”. De acordo com o delegado do Gaeco, “está é uma prática comum no comércio. A diferença é que alguns têm consciência e negam que fazem”.
Fernando conta que é autorizado pela Receita Estadual para lacrar impressoras fiscais da marca Dataregis, o que também foi investigado pelo Gaeco. De acordo com o delegado foi apurada a possível sonegação de impostos. Fernando diz que é autorizado a prestar este serviço, e que é impossível alterar o sistema das impressoras.

O empresário José Carlos foi procurado pela reportagem da Rádio Najuá, negou todas as acusações e disse que apenas comprou 14 balanças da empresa de Ponta Grossa e que todas as balanças têm nota fiscal de compra da fabricante Filizola. Segundo ele, foi pago por cada balança R$1.547. Falou também que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sua casa e em dois supermercados, e que deixou em aberto para os policiais do Gaeco as outras empresas que não tinha mandado, para que tudo fosse averiguado.

Fernando Boscardim explicou para a reportagem que esteve em Guarapuava no dia 21 de maio e lá prestou depoimento. Ele também relatou que foi cumprido mandado na sua loja de produtos de informática e na sua casa. Ao contrário de comentários surgidos em Irati, nenhum dos empresários foi preso.

Na manhã desta quarta-feira (3), a reportagem da Rádio Najuá conseguiu pela primeira vez o contato por telefone com o coordenador do Gaeco em Guarapuava, o promotor Cláudio Cortesia. Ele explicou que a operação Transparaná ainda não foi encerrada. “O nosso trabalho é muito sério. As investigações começaram há um ano. A parte de Irati foi concluída, mas a nossa investigação envolve muitas cidades do Paraná”.

O promotor explica que em Irati um dos empresários está indiciado e que o outro já foi processado. Ele conta que a denúncia contra um deles foi feita em março deste ano e que por diligenciais a serem cumpridas, o processo permaneceu em sigilo, sendo aberto um tempo depois para que os advogados dos envolvidos e outras pessoas tomassem conhecimento do conteúdo do processo. O promotor Cláudio Cortesia acredita que em uma semana toda a investigação estará concluída, sendo assim possível a transmissão de mais informações sobre o caso para a população.

Fonte: Rádio Najuá - Kelly Ramos

4 comentários:

  1. boa noite amigos estes cara estão vendendo balança em curitiba a preço de banana,filizola fabrica tem politica de preço preço minimo da fabrica 2570,00 eles estão vendendo em curitiba por 2000,00 nome da empresa que vende aqui data sol vendedor disee que nome do dono é juliano marcos Alves Bezerra.

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  2. se aparece o nome de uma pessoa nas investigaçoes é possivel que tenha alguma culpa ou saiba de algo!!!pahh!!!

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  3. este pessoal esta em curitiba vendendo agora com nome de datasol eles vende preço abaixo do mercado

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  4. esta quadrilha esta atuando em curitiba

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