quinta-feira, agosto 13, 2009

Promotor de Justiça fala sobre o caso APMI




Por se tratar de um processo que corre em sigilo de Justiça, detalhes e nome dos envolvidos são preservados (ao menos até o final de todo processo). Contudo, o promotor de Justiça da Comarca de Rebouças, Murilo César Soares e Silva comentou que as prisões preventivas ocorridas no mês de junho do corrente ano, eram de cunho técnico. “Surgiram provas documentais importantes de quebra de sigilo bancário de alguns investigados e da própria APMI. Havia várias situações onde os investigados não tinham esclarecido, ou seja, a prisão preventiva foi para evitar que os investigados, como exemplo, combinassem seus depoimentos; atrapalhando com isso o andamento das investigações”, comenta o promotor. Segundo ele, existem provas documentais bastante consistentes. O promotor revelou que os investigados inicialmente foram ouvidos individualmente e depois em acareação (defrontar). “Alguns desses investigados acabou confessando sua participação no crime, esclarecendo como seu deu sua participação e, inclusive pedindo prazo à Justiça para devolução do dinheiro que havia sido retirado da APMI”, informou Silva. Para a conclusão das investigações, aguarda-se o resultado do exame grafotécnico (análise de escrita). Quanto às penalidades, o promotor informou que, por se tratarem de réus primários e por estarem colaborando com o trabalho da Justiça; não precisariam aguardar presos. “Esses quatro investigados que colaboraram com as investigações devem responder em liberdade. Aguardamos o resultado das investigações mas as penas para alguns desses envolvidos caminham para serem bastante altas. Alguns irão responder por quatro tipos de crime: formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsidade documental e peculato”, comenta o promotor. De acordo com o promotor, se somadas as penas, tem o mínimo de 8 anos e o máximo de 53 anos de reclusão. “A devolução do dinheiro antes do oferecimento da denúncia implica em uma diminuição de pena que poderá chegar até 2/3 do total. Isso significa, por exemplo, que a pena mínima de oito anos poderá cair para menos de três anos ou, a máxima, que é de cinqüenta e três, poderá ser reduzida para quinze ou vinte anos. Desde que haja a devolução integral do dinheiro. É o chamado arrependimento posterior”, ressalta o promotor Murilo César Soares e Silva.A expectativa é que dentro de no máximo dois meses esteja concluído todo o trabalho de investigação em torno do caso APMI.

ENTENDA O CASO
O caso Associação de Proteção a Maternidade e Infância, de Rebouças (APMI), como ficou conhecido; teve grande movimentação o longo de praticamente um ano de investigações. No mês de junho deste ano, o delegado de polícia de Rebouças, Claudimar Lúcio Lugli, cumpriu no dia 19, três mandados de prisão temporária, expedidos pelo Juízo de Direito da Comarca local. Foram detidos por cinco dias, duas mulheres e um homem para serem ouvidos pela autoridade policial. Após esse período, no mesmo dia em que foram soltos, ocorreu à prisão temporária; de outro homem. Este ficou detido na DP de Rebouças, por aproximadamente dois dias, após ser ouvido em depoimento, foi solto. O delegado Lúgli, informou que as investigações têm como foco, documentação relacionada à instituição APMI, dos anos de 2006 e 2007 .“A utilização de recibos médicos com assinaturas falsificadas, notas fiscais frias que foram utilizadas para cobrir o furo existente na conta daquela instituição. Cruzamos as informações bancárias com os dados das prestações de contas que foram apreendidas por força de ordem judicial, junto à prefeitura municipal (no ano anterior)” relata o delegado. O delegado menciona a gravidade o caso. “É um crime bastante grave. É o chamado crime do colarinho branco”, diz Lugli. Sobre os valores, – com base nas prestações de contas de 2006/ 2007, o delegado informou: “Nós já passamos de valores na ordem de trezentos mil reais; isso documentado! O crime realmente existiu, o desvio de dinheiro está contido nos autos. São provas suficientes para embasar ação penal e possível condenação dos autores”, conclui o delegado Claudimar Lúcio Lugli.
Prefeitura vai realizar leilão de veículos
No dia 1° de setembro, as 10h, a prefeitura de Rebouças estará realizando leilão de bens móveis inservíveis , nas dependências da Secretaria Municipal de Obras Transporte e Urbanismo do Município, Av. Francisco Perussolo, onde podem ser visitados no dia 31 de agosto, em horário de expediente.Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (42) 3457-1299. ao comentar sobre o leilão, disse o prefeito Luiz Zak: “Assim como fizemos no início de nossa primeira administração, iremos realizar esse leilão, visando angariar recursos para novas aquisições”.

Os bens móveis à serem leiloados estão divididos em quinze lotes individuais, sendo:01 Caminhão Ford F14000 Mercedes AGQ- 5661, 1996 = R$ 26.000,0001 Caminhão Ford F14000 MWM AHZ- 1370, 1997= R$ 30.000,0001 Camioneta Ford Ranger Ford AJW- 5850, 2001= R$ 15.000,0001 Ônibus Mercedes AJB-5134, 1971= R$ 8.000,0001 Ônibus Mercedes BXC-0709, 1993= R$ 10.000,0001 Ônibus Mercedes AAC-2341, 1979= R$ 8.000,0001 Fiat Uno Fiorino 1.5 ADH-2795, 1992= R$ 1.500,0001 Fiat Uno Mille Fire1.0 AKL-9616, 2002= R$ 2.500,0001 Fiat Uno 1.5 ADG-6084, 1993= R$ 800,0001 Gol Quadrado 1.6 AGI-9900, 1989= R$ 3.000,0001 Volkswagen– VW Parati 1.8 ALL-9424, 2003= R$ 16.000,0001 Moto Honda XLR 125cc AJN-1731, 2000= R$ 1.000,0001 Carcaça Ônibus sem motor AAL-5748,1979= R$ 3.000,0001 Maquina prensa mangueira MHP 40E MHP40E= R$ 4.000,0020.000 Kg aprox. Ferro Velho= R$ 4.000,00 ou R$ 0,20 kg

CLAYTON BURGATH-Jornalismo

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